Poema deixado pela mãe inspira professor a criar ONG que atende 4 mil em SP
A vontade de ajudar o próximo sempre esteve no professor de educação física Victors Krauklis, de 37 anos, que participa de projetos voluntários desde a juventude e se comove com o sofrimento de pessoas em situação de rua e vulnerabilidade.
Foi desse sentimento que, há nove anos, surgiu a vontade de colocar em prática uma ação para ajudar quem precisa por conta própria, e começou entregando alimento para pessoas em situação de rua junto com sua esposa, a coordenadora pedagógica Erika Krauklis, de 39 anos.
Desde então, o professor não parou mais a atividade, que com o tempo se solidificou e se tornou a ONG Victórias pela Vida, que tem sede na zona norte. As poucas marmitas entregues no passado mais do que dobraram e atendem a até 4.200 pessoas em locais diferentes e com itens distintos.
Preservando a memória
Entre as regiões beneficiadas pelo seu projeto atualmente estão aldeias indígenas, pessoas em situação de rua e comunidades em vulnerabilidade financeira. Além de alimentos, o grupo também entrega brinquedos para crianças, kits de higiene, calçados e promove cortes de cabelo.
"Nossas missões de solidariedade ajudam famílias em vulnerabilidade, idosos, pessoas em situação de rua e comunidades indígenas. Atuamos na grande São Paulo, litoral e interior do Estado", explica o fundador da ONG.
Erika conta que o nome do projeto vem de um poema feito pela mãe de Victors. "Ele perdeu a mãe muito cedo, a Dona Olga, que deixou para ele um poema que falava sobre ser vitorioso no sentido simples da vida. Ela frisava muito a palavra vitória. Esse texto está emoldurado na parede da ONG", diz.
Hoje, o projeto conta com cerca de 420 voluntários que ajudam esporadicamente e 200 ativos. Victors, que trabalha dando aulas, dedica até 40 horas semanais à iniciativa, dividindo seu tempo entre a cozinha onde fazem as mais de 800 refeições por semana e o gerenciamento de pedidos de ajuda e doações.
Pandemia motivou voluntária
"Muitas dessas regiões que ajudamos foram indicadas por pessoas que acompanham nosso trabalho ou voluntários. Após essa indicação, eu mesmo me encarrego de ir pessoalmente para mapear e realizar o estudo de área antes de realizar as ações", explica.
Entre as centenas de voluntários, está a bancária Vanessa Nunes, de 36 anos, que com a chegada da pandemia de covid-19 sentiu a necessidade de ajudar. "Nesse momento, senti mais forte a necessidade de fazer alguma coisa pelas pessoas que estavam mais vulneráveis. Foi quando encontrei a ONG nas redes sociais e fui até a sede conhecer", conta.
Em contato com a ação, Vanessa revela ter conhecido uma outra realidade que a tocou profundamente, fazendo-a perceber que são poucas as questões que separam quem está de passagem no asfalto de quem está deitado nele.
"Mudei a minha realidade, conheci pessoas especiais e que fazem parte da minha vida. Participar deste projeto integra minha rotina atualmente e consegui trazer outros amigos para participarem comigo", comenta a bancária.
A ONG Victórias pela Vida aceita doações de todos os tipos. Para saber como colaborar com itens, valores em dinheiro ou ajudar na aquisição de um caminho que será usado para as ações, entre em contato por meio do Instagram do projeto.
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