A juventude quer transformar o mundo na série 'Ancestrais do Futuro'
Entre Ceilândia (DF), São Gabriel da Cachoeira (AM), Belo Horizonte (MG), São Luís (MA) e Santa Maria (RS), uma semelhança: jovens dispostos a pensar e compartilhar experiências em busca de construir um mundo melhor e mais justo para todos. É essa a premissa da série "Ancestrais do Futuro", que estreou em fevereiro no canal Enfrente, no Youtube.
Dividida em cinco episódios, a série traz o olhar da juventude dessas diferentes cidades sobre questões como política, cultura, religião, memória e preservação ambiental, apresentando a atuação de pessoas e coletivos que estão trabalhando para promover o desenvolvimento de suas comunidades.
O primeiro capítulo, produzido pelo Coletivo Apeirom e Coletivo Duca, questiona jovens periféricos sobre a relação de cada um com a política. Aliás, "o que é política?" é a pergunta que norteia o episódio, sendo respondida várias vezes e de diversas formas.
Uns começam explicando sobre a pouca ou nenhuma ligação que têm com o assunto, contam sobre a descrença em políticos corruptos. No decorrer do episódio, no entanto, conhecemos outros jeitos de ver e pensar em política.
Para além do que acontece em Brasília, fazer política também significa lutar por uma vida melhor, com mais acesso à cultura, com atenção e cuidados com a saúde, com esporte, educação? Assim como faz o projeto Jovem de Expressão, de Ceilândia (DF), que impactou a vida de quase 500 mil pessoas ao longo dos seus 14 anos de existência.
Em "Ancestrais do Futuro", observamos jovens que passaram ou ainda estão no projeto compartilhando suas experiências e contando como foram ajudados por ele a encontrar atividades com as quais realmente gostam de se envolver - inclusive a política.
A prova disso está no próprio episódio. Quando o galpão cultural do Jovem de Expressão passa a sofrer ameaça de despejo, todos se reúnem em uma luta para defender a permanência do projeto e suas atividades no local.
O galpão, que já havia sido um posto policial e seguia há tempos abandonado, foi ocupado e transformado em um espaço comunitário que hoje abriga uma "sala de dança, teatro de bolso, estúdio audiovisual, galeria de arte, espaço para reuniões, palestras, aulas, cultos religiosos, terapias e várias outras atividades que promovem saúde mental e corporal para a população e transformam realidades a partir do uso saudável do espaço público", como informa o projeto em seu site.
"Ancestrais do Futuro" é um curto relato sobre o que as juventudes brasileiras são capazes de fazer em coletivo. "Se eu fosse fazer um alerta para os jovens, principalmente os jovens negros, eu falaria que eles são a base da estrutura que nos mata, e a partir do momento que a gente cria essa consciência de que a gente é a base, nós conseguimos derrubar e fazer uma nova", como diz a educadora Raiane Soares.
Os cinco episódios da série "Ancestrais do Futuro" estão disponíveis online para quem quiser assistir no Youtube.
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