ONG recolhe e doa alimentos não vendidos para pessoas em vulnerabilidade
Levar de onde sobra para onde falta, essa é a proposta da ONG GoodTruck, que distribui alimentos não vendidos de hortifrutis e produtos de mercado que estão próximos ao vencimento para doação em comunidades em vulnerabilidade social e financeira.
"A ONG foi fundada em 2016, quando um grupo de amigos se reuniu para lutar contra o desperdício de alimentos e a fome. No momento, eles se reuniram para cozinhar e distribuir comida dentro de um foodtruck para pessoas em situação de rua em Curitiba", lembra Renata Gonçalves, presidente da ONG GoodTruck.
Foi com a chegada da pandemia de covid-19, que o projeto se expandiu para São Paulo, Campinas e Belo Horizonte, sendo batizado como 'Logística Do Bem', e ganhou outra frente de atuação. "Também há outra frente de trabalho, em que falamos sobre educação e desenvolvimento comunitário e levamos festas e ações educacionais para essas comunidades atendidas", comenta Renata.
19 mil famílias atendidas
O projeto já impactou 19 mil famílias desde o seu início e mensalmente distribui até 25 toneladas de alimentos, que poderiam ir para o lixo nos estabelecimentos comerciais, seja por marquinhas nas frutas ou por serem produtos com a data de validade próxima.
"Criamos um grupo de parceiros, principalmente hortifrutis, que entram em contato assim que alguns alimentos perdem o valor de mercado e doam esses produtos ao projeto. Isso não significa que são impróprios, mas sim que estão fora dos padrões rigorosos desses estabelecimentos porque estão mais feinhos", conta a presidente da ONG.
As frutas, verduras e legumes são a maior parcela de alimentos distribuídos pelo projeto, que ajuda na segurança alimentar e qualidade nutricional das famílias atendidas. "É comum que em comunidades existam projetos que entregam cestas básicas, mas verduras, legumes e frutas são itens de difícil acesso para esses moradores, que têm a qualidade nutricional prejudicada", explica Renata.
Nas quatro cidades em que o projeto atua, 15 comunidades são atendidas. "Fazemos uma ponte com os líderes comunitários e conseguimos fazer o acompanhamento nutricional das famílias que recebem as doações", continua ela. "Acreditamos que podemos chegar até 140 mil toneladas por mês com o apoio de empresas e parceiros que possam financiar e colaborar com essas doações."
Uma doação que vale por três
De acordo com os cálculos da ONG, o valor para alimentar uma família com os itens do programa é de R$ 30,00 e para alcançar esse valor em doações criaram uma campanha recorrente para pessoas físicas em que se pode assinar doando R$ 10,00 por mês.
"Desde o começo de maio, as empresas Droga Raia e Drogasil se comprometeram em participar dessa campanha e a cada doação triplicam esse valor. Ou seja, quem está doando R$ 10,00 na verdade está colaborando com R$ 30,00", conta Renata.
Para ela, mais do que levar comida, o projeto leva nutrição adequada em um momento em que a fome está agravada no Brasil. "A ideia é atacar a causa da fome levando alimentos de qualidade para essas comunidades em situação de vulnerabilidade", diz.
O projeto aceita doações e cadastro para voluntariado. Mais informações sobre como doar e participar podem ser obtidas pelos canais de comunicação da ONG GoodTruck. Empresas interessadas em fazer parte do programa podem fazer contato por meio das redes sociais.
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