De amiga de Lady Di a santa das sarjetas, quem foi Madre Teresa de Calcutá
Atravessaram a pé a fronteira entre Nicarágua e Costa Rica 18 freiras missionárias. Elas foram expulsas do país governado por Daniel Ortega, que já fechou mais de 200 ONGs. As freiras pertenciam à ordem fundada por Madre Teresa de Calcutá e estavam na Nicarágua desde 1988. Lá, elas mantinham uma creche, um lar para meninas abandonadas e vítimas de abuso e um lar para idosos.
Madre Teresa de Calcutá nasceu Agnes Conxha Bojaxhiu em 26 de agosto de 1910, na cidade de Escópia, na antiga Iugoslávia, município este que passou a ser a capital da Macedônia do Norte. Em 2016, tornou-se santa e passou a ser conhecida como Santa das Sarjetas, isso porque dedicou quase toda sua vida a cuidar dos pobres.
Apesar de algumas controvérsias que incluem sua crítica ao aborto e o fundamentalismo religioso, Madre Teresa de Calcutá passou para a história justamente como alguém que se dedicou à caridade. Atualmente, mais de 130 países contam com ações da ordem que ela fundou para que sua missão fosse continuada até depois de sua morte, que ocorreu em 1997.
Para conhecer um pouco mais da Madre e de seu trabalho, Ecoa selecionou cinco curiosidades sobre ela. Confira!
Sua missão nas periferias das cidades e nas periferias existenciais permanece até hoje como testemunho eloquente da proximidade de Deus aos mais pobres entre os pobres.
Papa Francisco durante a missa de canonização de madre Teresa de Calcutá
Por que Calcutá?
Calcutá é a capital do estado de Bengala Ocidental, um estado indiano. E era justamente na Índia que Madre Teresa sonhava em atuar. Lá, ela chegou em 6 de janeiro de 1929. Mas foi em 1946 que sua trajetória no país tomaria um rumo diferente, o rumo que a fez reconhecida mundialmente.
O dia 10 de setembro de 1946 é conhecido, na história da Madre, como "Dia da Inspiração". Foi durante uma viagem de trem para o Himalaia, que Madre Teresa se sentiu ainda mais chocada com a pobreza no país asiático e decidiu que dedicaria sua vida aos pobres.
Naquele período, a população indiana vivia em extrema pobreza. Três anos antes da viagem da Madre, Bengala, que na época era administrada pelo Império Britânico, passou por uma grande onda de fome. Estima-se que cerca de 3 milhões de indianos morreram por falta de comida.
No entanto, depois que decidiu sua missão, Madre Teresa demorou ainda um tempo para conseguir autorização da Igreja e apoio do convento onde estava para viver ao lado dos pobres.
Em 12 de abril de 1948, ela finalmente recebeu permissão do Papa Pio XII para começar sua missão e, aos 38 anos, deixou o convento. Dois anos depois sua congregação foi aprovada expandindo-se por toda a Índia e pelo mundo. Atualmente, a congregação Missionárias da Caridade se espalha em mais de 130 países.
A amizade com a princesa
Sete dias separam a morte de Madre Teresa de Calcutá e da Princesa Diana, que faleceu em 31 de agosto de 1997 em um acidente de carro. Madre desejava ir a uma missa em homenagem à princesa, o que não ocorreu.
A princesa e a freira se conheceram cinco anos antes e se aproximaram porque Lady Di, para além de sua vida pessoal envolvendo a coroa britânica, também se interessava por organizações humanitárias.
Santa com ares brasileiros
Madre Teresa de Calcutá foi canonizada em setembro de 2016, ou seja, a partir dessa data, ela passaria a ser considerada santa. Isso porque o papa Francisco, em 2015, reconheceu um segundo milagre atribuído a ela: a cura de um brasileiro, Marcilio Andrino, com uma infecção rara no cérebro.
Em 2002, o Vaticano já havia reconhecido um milagre atribuído à intervenção da Madre Teresa, a cura de uma mulher de Bangladesh que sofria de um câncer no abdômen.
[Ela fez] sentir sua voz aos poderosos da Terra para que reconhecessem suas culpas diante dos crimes da pobreza criados por eles mesmos
Papa Francisco em cerimônia de canonização de Madre Teresa de Calcutá
Prêmio Nobel da Paz
Em 1979 o trabalho de Madre Teresa junto à população pobre foi reconhecido com um Prêmio Nobel da Paz. Até hoje ela é a única personalidade da Macedônia a receber um prêmio Nobel.
Morte no calor da Índia
Após suas orações noturnas na sede da Ordem das Missionárias da Caridade na Índia, Madre Teresa de Calcutá se queixou de dores no peito. Na noite do dia 7 de setembro de 1997 ela morreu vítima de um ataque cardíaco aos 87 anos. Dentro da capela, seu corpo precisou ser mantido sobre três blocos de gelo, por causa do calor intenso.
Após o anúncio público de sua morte, foi escrito em um painel na entrada da sede : "Nossa mãe foi para junto de Jesus".
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