Arroz do MST fica entre os assuntos mais comentados após Lula no JN
A produção de arroz orgânico do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) citado pelo ex-presidente Lula (PT) durante entrevista no Jornal Nacional na última quinta-feira (25) fez com o que o assunto fosse um dos mais comentados do Twitter. Na entrevista, o presidenciável afirmou que a produção do grão orgânico pelo movimento é a maior do Brasil. Segundo estimativa do MST, cerca de 15 mil toneladas são colhidas na próxima safra. A produção do grão é feita pelo movimento no Rio Grande do Sul e emprega 389 famílias em 10 municípios.
O MST é considerado o maior produtor de arroz orgânico da América Latina há mais de 10 anos, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Ao todo, são 3.700 hectares de plantação. Para se ter uma ideia do tamanho dessa área, os gramados dos estádios do Internacional, o Beira-Rio, e o do Grêmio, a Arena do Grêmio, não correspondem juntos a 0,038% da área destinada ao plantio de arroz orgânico.
Os lotes destinados à plantação de arroz orgânico e onde vivem as famílias dos agricultores do MST são chamados de assentamentos agrícolas. Um assentamento é um conjunto de unidades agrícolas instaladas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) onde originalmente existia um imóvel rural que, apesar de ter um proprietário, não era utilizado de maneira devida conforme prevê a Constituição.
Durante a entrevista ao Jornal Nacional, Lula expôs justamente essa questão. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os assentamentos não acontecem em terras onde há produção. Seguindo o que diz a lei, movimentos sociais de trabalhadores rurais acampam e passam a produzir em terras improdutivas, ou seja, que não tem sua destinação social garantida. Assim, são amparados pela lei e estão possibilitados de receber a titulação original da terra pelo Estado.
"O arroz orgânico é tudo de bom porque hoje em dia os insumos são todos muito caros. Aqui é bem mais fácil porque não tem que colocar veneno. Se a gente vai comer o arroz daqui, come com tranquilidade porque sabe que não tem agrotóxico", Marinês da Luz Bierhals, agricultora do MST de Charqueadas, a cerca de 50 minutos de carro de Porto Alegre.
Além de não conter agrotóxicos, que podem, segundo pesquisas, fazer mal para a saúde, o arroz orgânico produzido pelas famílias do Rio Grande do Sul também pode chegar mais barato para na mesa dos brasileiros. Em 2020, quem comprou 5 kg do convencional chegou a pagar, em algumas regiões do Brasil, R$ 40. Enquanto isso, na mesma época, 5 kg do arroz orgânico gaúcho saía por R$ 27,50 (vendidos em sacos de 1kg por R$ 5,50).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.