DJ Joss Dee quer mostrar pela música irmandade que há entre Brasil e África

O angolano Joss Dee, DJ e produtor musical, trabalha há seis anos no Brasil apresentando uma mescla dos ritmos africano e brasileiro e criando referências que, segundo ele, têm sido muito bem aceitas por um público cada vez mais curioso e eclético.

Neste episódio de Papo Preto, ele fala a Stela Diogo sobre como tem feito para deixar sua música mais familiar para os brasileiros. "Já misturei afrohouse com funk, pagodão baiano com kuduro, tento fazer coisas novas para mostrar que essa irmandade entre Angola e Brasil, na própria construção do Brasil, é real e está inclusive na própria música do Brasil" (a partir de 06:32 do arquivo acima).

O artista diz que o mercado brasileiro tem melhorado bastante para quem chega com novos ritmos. "Nos últimos tempos as coisas estão chegando cada vez mais e as pessoas estão curtindo mais também. Nos 6 anos que estou na estrada como DJ muita coisa se passou e cada dia que passa vejo tudo se materializando com coisas mais concretas" (a partir de 13:46 do arquivo acima).

No entanto, para ele, nem Angola nem Brasil estão vivendo um momento favorável para a cultura. "Falando sobre Angola, o país acabou de efetivar as eleições, com a reeleição do partido que já estava no poder. Já no Brasil, eu como estrangeiro analiso que está vivendo um momento muito importante, há uma chance de mudar o rumo do país que sempre foi uma referência para países em desenvolvimento e nos últimos anos isso foi se perdendo" (a partir de 21:29 do arquivo acima).

Papo Preto é um podcast produzido pelo Alma Preta, uma agência de jornalismo com temáticas sociais, em parceria com o UOL Plural, um projeto colaborativo entre o UOL, coletivos e veículos independentes. Novos episódios vão ao ar todas as quartas-feiras.

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