Bruna Linzmeyer: 'Penso que fiquei melhor quando me entendi sapatão'
A atriz Bruna Linzmeyer utiliza o alcance que tem nas plataformas digitais para conversar sobre identidade. Por ser uma mulher lésbica, fala sobre o movimento feminista e LGBTQIA+ com seus mais de 2 milhões de seguidores no Instagram.
Em entrevista a Ecoa, Bruna comentou que o espaço digital é como um lugar de intercâmbio que aprendeu a valorizar. "Eu não estou ali para ensinar coisas, estou ali para que a gente possa trocar."
Por esse motivo, ela é bastante assertiva ao afirmar que em certo sentido se considera uma ativista. "Talvez, né? Alguém que proponha algumas ativações em mim e, a partir de mim, acaba reverberando em outras pessoas. Eu acho que esse é um pouco o meu processo."
Como uma influencer-ativista, Bruna busca sempre reforçar, na interação com os seguidores, a ideia de que as pessoas se sintam confortáveis sendo quem elas são. E, da mesma maneira, se sintam à vontade para falar ou não sobre suas próprias descobertas.
Para ela, o fato da tragédia LGBT interessar tanto - em entrevistas, nas notícias - é porque ela é inscrita em uma narrativa de um medo que na maioria das vezes não é construída por pessoas queer. "E eu fico pensando como fiquei melhor quando eu me entendi sapatão."
Quando pais e mães escrevem a ela nas redes sociais preocupados em como o mundo irá receber um filho ou uma filha homossexual, ela fala que é difícil, mas também que a vida fica muito melhor quando a gente se conhece e é acolhido pela família e amigos.
O ativismo de Bruna encontra outras realidades por onde passa. Durante as gravações do Pantanal viu de perto como a monocultura que alimenta o gado que logo será abatido é nociva para o meio ambiente. Essa forma de consumir carne em desmedida que agride os solos, na opinião da atriz, não é a única alternativa e para ela é possível construir uma nova cultura alimentar que não destrua a floresta. "Pra mim, o grande prato brasileiro, e talvez seja a comida que eu mais ame, é vegetariano: arroz, feijão, couve refogada e farofa."
Na segunda edição, o Prêmio Ecoa deste ano irá prestigiar diferentes histórias que foram contadas em nosso site. Por ecoar sua história e ativismo nas redes sociais, Bruna é uma das indicadas na categoria "Vozes que Ecoam". E você pode decidir quem merece ganhar essa:
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