Paola Carosella: 'Queria ver quem planta o que cozinho. Fui a Parelheiros'
Nascida em 1972, em Buenos Aires, capital da Argentina, Paola Carosella carrega uma memória afetiva que a impulsionou a ser quem é. Na horta, rodeada de galinhas e coelhas, como conta em entrevista a Ecoa, cresceu em uma época e em uma família de pescadores e agricultoras.
"Tirávamos as penas, a lama, milhões de espinhos, abríamos as conchas, separávamos os músculos dos ossos e peles", relata, demonstrando de onde vem o conhecimento que a levou aos caminhos que teve.
Deste lugar onde cresceu, em que os fornecedores eram também vendedores e todos se conheciam e sabiam de onde vinha o alimento, foi para São Paulo e se impressionou com as distâncias.
"Era impossível saber quem plantava o quê, de onde as coisas vinham. Queria ver quem planta e colhe aquilo que eu cozinho, aí comecei a trabalhar com agricultura familiar em Parelheiros".
A proximidade com essas famílias a fez estar mais presente nas causas que envolviam o tema do direito ao território.
Esse envolvimento se mostra em sua participação recente no Ato pela Terra, em março deste ano, que reuniu celebridades em Brasília para protestar contra a política ambiental do governo Bolsonaro. Mas também em outros lugares em que atua.
"Está tudo relacionado, o meio ambiente, o território indígena, não se trata somente do acesso ao alimento".
Indicada à categoria Vozes Que Ecoam por sua história construída coletivamente com as pessoas e com os atravessamentos sociais, Paola concorre nesta segunda edição do Prêmio Ecoa. Vote em quem você acha que merece ganhar:
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