Como Londres criou área de emissões "ultrabaixas" com ajuda de multa alta
Veículos altamente poluentes terão de pagar para entrar na área metropolitana de Londres, a partir do próximo ano, anunciou o prefeito Sadiq Khan nesta sexta-feira (25).
A chamada zona de emissões ultrabaixas (ULEZ, na sigla em inglês), que atualmente não diz respeito à periferia urbana, será ampliada, a partir de 29 de agosto, para abranger os nove milhões de habitantes da Grande Londres, afirmou o prefeito trabalhista.
A ULEZ já provou ser "transformadora", disse Khan, e sua expansão significará que "mais cinco milhões de pessoas poderão respirar um ar mais limpo".
No dia anterior, o prefeito anunciou sua intenção de manter Londres na vanguarda da "revolução" dos veículos elétricos, adicionando 100 pontos de recarga ultrarrápida. Segundo a prefeitura, já existem mais de 11 mil pontos de carga na cidade, um para cada quatro veículos elétricos.
Criada em abril de 2019, a ULEZ já havia sido ampliada em 2021 e, hoje, abrange uma grande área central, inserida nos anéis viários internos.
Os veículos a gasolina fabricados antes de 2006 e os veículos a diesel fabricados antes de 2015 pagam uma taxa diária de £ 12,50, equivalente a cerca de R$ 80, para entrar nesta zona. Caminhões e ônibus devem pagar £ 100, equivalente a R$ 650, e táxis são isentos.
É um acréscimo à "taxa de congestionamento" de £ 15 (R$ 97) que é exigida, desde 2003, de todos os veículos que entram no centro de Londres.
De acordo com um relatório de 2019, a poluição do ar causou cerca de mil internações hospitalares por asma e doenças pulmonares graves em Londres, anualmente, entre 2014 e 2016.
Os opositores da ULEZ argumentam que a taxa equivale a um "imposto" sobre os motoristas mais pobres que não podem pagar para substituir seus veículos poluentes.
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