Andreas Kisser doa mais de 90 mil para ONG de cuidados paliativos
O líder do Sepultura, Andreas Kisser, repassou R$ 91 mil a uma ONG de cuidados paliativos que atende comunidades pobres de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Goiás.
O valor veio do Patfest, evento em homenagem a Patrícia Kisser. A médica e produtora morreu em julho após um câncer. A ONG Comunidade Compassiva pretende construir leitos com o dinheiro arrecadado com o ingresso (saiba como ajudar abaixo).
Em outubro, Ecoa narrou a luta de Andreas por uma morte mais digna após perder a esposa, que, neste ano, esteve sob cuidados paliativos nos últimos meses de vida, em São Paulo.
O que aconteceu? Patrícia queria um festival de música para celebrar a alta, mas a doença se agravou. Nos últimos meses, foi colocada sob tratamento paliativo, um método usado para dar mais conforto para pacientes com doenças consideradas incuráveis.
Os cuidados paliativos usam analgésicos e espaços confortáveis para os pacientes. Porém, nem todos têm acesso a esse tratamento no Brasil. O país é o terceiro pior para morrer no mundo - com mortes dolorosas e doenças incuráveis sequer detectadas.
A ideia do show continuou. Andreas manteve o sonho de Patrícia. O festival de música teve músicos como Titãs, Sandy & Junior, João Gordo, Dinho Ouro Preto e apresentações de Serginho Groisman e Marisa Orth em São Paulo. O valor do ingresso foi doado.
A ONG, criada pelo médico Alexandre Silva, conta com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e psicólogos voluntários.
Eles buscam e tratam pessoas com doenças cujo tratamento, em vez de ajudar, causarão mais sofrimento ao paciente.
"Eu imaginei que as pessoas que vivem nas favelas - com tantas questões de violência, pobreza, falta de acesso - morriam de maneira pior", disse Alexandre na ocasião.
Movimento foi criado em homenagem. A morte também incentivou o Mãetrícia, um grupo de divulgação de cuidados paliativos e discussão sobre o direito à escolha de como morrer. O nome é uma homenagem à personalidade hospitaleira de Patrícia.
O grupo também discute morte, luto e eutanásia quando o paciente doente escolhe abreviar a própria vida. No Brasil, a escolha é criminalizada.
"Hoje faz 5 meses que nossa querida 'Mãetrícia' nos deixou fisicamente, mas ela continua aqui, ajudando a todos - inclusive aqueles que ela não conhece", escreveu o movimento em nota.
A ONG Comunidade Compassiva aceita trabalho voluntário e doação de insumos médicos, como fraldas geriátricas. Acesse o Instagram da instituição ou escreva para o e-mail ccompassiva@gmail.com. Para doações em dinheiro:
Nome do titular: Ligia de Azambuja Gomes Carneiro
Banco: C6Bank
Agência: 0001
Conta: 17608223-9
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