Repressão política, machismo e homofobia: o lado obscuro de Marrocos

Marrocos fez história na Copa do Mundo do Qatar ao se tornar a primeira seleção do continente africano a chegar à semifinal de um Mundial. Se vai bem dentro de campo, é um país controverso em questões sociais e políticas.
LGBTQIA+ e mulheres sofrem
- Práticas sexuais entre pessoas do mesmo sexo são consideradas crime no país, com penas de detenção de três a seis meses, principalmente para aqueles que realizarem algum ato em público.
- Em 2020, gays foram vítimas de uma campanha de exposição de perfis de aplicativos de relacionamentos. O caso expôs o medo e os perigos que homossexuais enfrentam no país.
- O país também tem áreas restritas em que mulheres não podem frequentar, como as casas de chás, em que as mulheres não podem frequentar.
- Não são raros os relatos de assédio e a insistência dos homens marroquinos.
Corrupção no governo e repressão a manifestações
- Há um aumento de manifestações contra a corrupção no governo marroquino e também o pedido do fim da repressão policial.
- Os manifestantes protestavam contra a forte inflação no país, que provocou um aumento no número de pessoas vivendo em níveis de pobreza e vulnerabilidade.
- O índice de aumento dos preços em Marrocos fechou o mês de outubro em 7,1%, alta provocada pela pandemia de covid-19 e fortes secas que assolaram o país.
- Manifestações em estádios se tornaram um instrumento para jovens torcedores evidenciarem suas insatisfações políticas e evitarem, dessa forma, a repressão política. As organizadas do futebol marroquino possuem canções politizadas, em que gritam contra a polícia, o governo e a corrupção no país.
E o conflito no Saara?
- Situação dura mais de 40 anos, com a tentativa de independência do Saara Ocidental, localizado ao sul do território marroquino.
- Frente Polisário é o principal movimento que defende o movimento separatista, que incluiria a liberdade do povo sarauí, que habita a região. Existe um muro que separa o território marroquino da região.
- Conflito durou mais de 15 anos, entre 1975 e 1990.
- Atualmente, a disputa pela independência do país acontece apenas de forma diplomática.
- O Estado Sarauí é reconhecido como livre por alguns países, porém o governo brasileiro não reconhece. A situação é tida como semelhante à ocupação da Palestina por Israel.
Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do informado na primeira versão do texto, no 4º parágrafo, o Irã e o Afeganistão não são países árabes.
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