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Davos: Empresa brasileira que reciclou toneladas de lixo brilha na Suíça

Rodrigo Oliveira, co-fundador da Green Mining - Divulgação
Rodrigo Oliveira, co-fundador da Green Mining Imagem: Divulgação

De Ecoa, em São Paulo (SP)

16/01/2023 06h00

Realizado entre 16 e 20 de janeiro em Davos, na Suíça, o Fórum Econômico Mundial contará com a participação da startup brasileira Green Mining. A empresa é pioneira em logística reversa inteligente que já reciclou mais de 5 mil toneladas de embalagens. A Green Mining também é finalista do 2º Prêmio Ecoa.

Com o tema "Cooperação em um Mundo Fragmentado", a conferência impulsionará soluções para os desafios globais mais urgentes e terá como principais temas de discussão as mudanças climáticas e ameaças à economia global.

"Nossa proposta é ofertar uma solução simples que cumpre um propósito de responsabilidade social, ambiental e econômica, colaborando com o meio ambiente e reduzindo a exploração de recursos naturais e emissões de gases de efeito estufa", disse o presidente da startup, Rodrigo Oliveira, a Ecoa.

Oliveira participará de dois painéis no evento, que serão transmitidos online pela plataforma do Fórum.

O que faz a Green Mining?

Para atender empresas interessadas em implementar ações de ESG, a startup desenvolveu um sistema inteligente de logística reversa.

O lado inovador é que esse sistema utiliza tecnologia blockchain para identificar cada etapa do processo em tempo real, com data e local de coleta, volume e destinação de recicláveis. Falando de um jeito mais claro, ele identifica embalagens usadas e garante (por rastreio) que, após serem coletadas, por catadores que trabalham com carteira assinada, todas vão ser recicladas e voltarão ao ciclo de produção. Evitando, assim, que acabem em um aterro, ou "lixão". Desde 2018,o software da Green Mining já evitou a emissão de mais de 855 mil quilos de CO².

Acelerada pela Ambev

A startup, que é acelerada pela Ambev, nasceu da parceria de Oliveira com outros dois sócios, Adriano Ferreira e Leandro Metropolo.

Juntos, criaram em 2013 um software para rastrear resíduos da construção civil em 2013. Cinco anos depois, eles transformaram o sistema em uma ferramenta capaz de rastrear a logística reversa de embalagens dando origem à Green Mining.

A startup já foi a vencedora da competição mundial de negócios verdes da Climate Ventures e foi premiada por dois anos consecutivos no Ranking 100 Open Startups, ficando entre as dez melhores na categoria CleanTechs em 2021 e CityTechs em 2022.