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4 atos de Pamela Anderson em defesa dos animais que a Netflix não mostrou

Pamela Anderson na estreia da Netflix de "Pamela - Uma história de amor" em Hollywood - Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic
Pamela Anderson na estreia da Netflix de 'Pamela - Uma história de amor' em Hollywood Imagem: Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic

Juliana Domingos de Lima

De Ecoa, em São Paulo (SP)

08/02/2023 06h00

Com a estreia do documentário "Pamela Anderson - Uma História de Amor" em 31 de janeiro na Netflix, a vida de uma das celebridades mais icônicas dos anos 1990 foi enfim contada segundo seus próprios termos.

A estrela da série "S.O.S. Malibu" e de 14 capas da Playboy já tinha tido parte de sua biografia televisionada pela minissérie "Pam & Tommy", de 2022, porém sem seu consentimento. Agora, a produção da Netflix procura retratá-la para além do rótulo de símbolo sexual, privilegiando a versão de Anderson sobre vários eventos de sua vida e carreira.

Mas uma parte importante da vida da modelo e atriz foi mostrada apenas brevemente no novo documentário: seu ativismo de décadas pela causa animal.

"Eu estava cansada de falar sobre meus namorados e meus peitos o tempo inteiro. Mas achei que se ligasse isso ao ativismo animal ou ambiental poderia ter algum significado, então juntei forças com a Peta", diz Anderson no documentário.

pamela anderson peta - William Hawkes/PETA/reprodução - William Hawkes/PETA/reprodução
Primeira campanha de Pamela Anderson para a Peta em 1997, contra peles de animais, ocupou outdoor na Times Square
Imagem: William Hawkes/PETA/reprodução

Vegetariana desde a juventude, ela emprestou sua imagem a várias campanhas da ONG a partir dos anos 1990 contra práticas como a testagem de cosméticos em animais, o consumo de carne e o uso de peles pela indústria da moda. Mas seu ativismo vai além da publicidade e já provocou impactos reais.

A modelo também criou uma fundação para financiar organizações e pessoas que atuam em defesa dos direitos humanos, dos animais e do meio ambiental.

4 atos de Pamela Anderson pelos animais que provocaram mudanças

  • Convenceu Putin a proibir a importação de produtos derivados da caça de focas do Canadá para a Rússia em 2009. Anos mais tarde, também intercedeu em defesa das baleias. Anderson escreveu cartas ao presidente russo e chegou a participar de reuniões com autoridades no Kremlin, sede do governo.
  • Pressionou para que a grife Prada deixasse de usar peles de animais em suas coleções. Em 2018, ela fez um apelo a Miuccia Prada em nome da Peta e conseguiu que a estilista italiana assumisse o compromisso - que já tinha sido firmado por outras marcas como Armani e Versace - no ano seguinte, depois de mais de uma década de protestos da organização em desfiles.
  • Fez com que celebridades como Kim Kardashian também parassem de usar pele. Anderson declarou em 2018 ter enviado um casaco de pele falsa de presente para a influencer, acompanhado de uma carta pedindo que repensasse o uso de peles verdadeiras. Desde então, Kim já declarou publicamente ter abandonado o uso desse tipo de peça.
  • Contribuiu para o fechamento de um laboratório que realizava experimentos em golden retrievers e para a libertação dos cachorros para a adoção. Em 2022, ela escreveu ao reitor da Universidade A&M Texas, que vinha usando os animais em estudos sobre distrofia muscular sem obter resultados, segundo a Peta, se oferecendo para adotá-los.

Qual a origem do ativismo de Pamela Anderson?

A modelo conta que a decisão de se tornar vegetariana veio cedo: seu pai caçava e ela conta que, certa vez, encontrou a carcaça de um cervo sem cabeça pendurada na frente de casa, pingando sangue. Chorou por dias e em seguida parou de comer carne. Ela também conseguiu fazer o pai parar com a caça.

"Deixar de lado um hábito tão cruel não foi difícil para mim", disse em depoimento ao jornal The Guardian em 2018. Ela também relata que foi a estilista Vivienne Westwood quem a iniciou no movimento ambientalista, inspirando-a a ir além da causa animal.

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