Chimpanzé conseguiu liberdade inédita na justiça e encontrou amor no Brasil
A chimpanzé Cecília vivia num zoológico argentino com seus amigos Charly e Xuxa. Quando ambos morreram, ela ficou sozinha e deprimida.
Até que a Associação dos Advogados e Funcionários para os Direitos Animais (Afada) decidiu entrar na justiça para pedir a transferência da chimpanzé para um lugar melhor.
Na prática, o que a associação queria era um habeas corpus para libertar Cecília e, depois de alguns anos, a justiça decidiu a seu favor.
Cecília, então, se tornou a primeira chimpanzé do mundo a ser libertada de um zoológico por meio de um habeas corpus.
Na ocasião, foi interpretado que "chimpanzé não é animal de estimação e não pode ser usado como mero objeto de diversão, cobaia para experimentação ou mera exibição".
A decisão pioneira também ressaltou que a "proximidade entre o homem e o chimpanzé é tal que este último pode ser doador de sangue para os humanos e vice-versa" e que os chimpanzés "são seres racionais e emocionais".
Isso não quer dizer que o chimpanzé tenha direitos humanos, mas que, de acordo com a decisão judicial, ele é um "sujeito de direito não humano".
Depois de se ver livre do zoológico onde não era feliz, Cecília foi levada de Mendoza para o Santuário GAP (Great Ape Project) - Projeto dos Grandes Primatas -, em Sorocaba, no interior de São Paulo.
Cecília chegou no santuário em Sorocaba em 2017, com cerca de 20 anos, bastante apática e muito introspectiva, sem expressões faciais nem vocalizações próprias de sua espécie.
De acordo com o GAP, contudo, ela se adaptou rapidamente "e em poucos meses teve a oportunidade de conhecer o chimpanzé Marcelino, um jovem macho que também estava à espera de uma companhia".
"Hoje, ela está completamente diferente, é muito expressiva e ativa, como os chimpanzés são. Ela gosta de ficar observando seus vizinhos, especialmente Luke, e convive em harmonia com seu companheiro Marcelino".
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