Café mais caro do mundo é feito com cocô de animal preso até a morte
O café mais caro do mundo pode ser vendido por cerca de R$ 14.700 o quilo. Seu nome é Kopi Luwak, porém, é mais conhecido como café de civeta.
As civetas são esses mamíferos pequenos com hábitos noturnos que vivem na África e na Ásia, principalmente na Indonésia.
Para a produção da bebida, os animais se alimentam com o fruto do café e liberam em suas fezes os grãos.
O gosto gourmet vem das enzimas secretadas durante a digestão do pequeno animal.
O problema é que, para fazer mais e mais café, produtores capturam e aprisionam as civetas em jaulas de ferro que machucam as patas dos animais e os impedem de se esconder durante o dia, uma vez que são animais noturnos.
Além disso, presas, as civetas são alimentadas apenas com o fruto do café.
Na natureza, no entanto, elas têm uma dieta diversa, comendo pequenos roedores, insetos e outras frutas.
Infelizmente, muitos turistas fecham os olhos para a crueldade por trás da bebida e até formam filas para tirar fotos e postar nas redes sociais.
Dr. Neil D'Cruze, pesquisador da World Animal Protection
Mas nem todo café de civeta é feito com os animais aprisionados.
O problema é que há certa dificuldade em distinguir através do gosto da bebida se ela foi feita ou não com animais livres.
Para facilitar esse processo, há certas certificações que analisam toda a cadeia de produção dos grãos para garantir que os animais sejam bem tratados e estejam livres.
A organização World Animal Protection promove uma campanha pelo fim do comércio do café proveniente de civetas mantidas enjauladas.
Por meio dessa ação, pelo menos 13 atacadistas de países como Reino Unido e Holanda já retiraram o café civeta de suas prateleiras.
A World Animal Protection também trabalha com agências de certificação do produto. A Gayo Kopi Luwak é uma marca certificada de café de civeta.
O café da marca pode ser comprado por R$ 3.700,00 o quilo.
Na produção do Gayo Kopi Luwak, as civetas que vivem em florestas tropicais da Indonésia são atraídas pelo cheiro dos frutos do café em fazendas próximas e se alimentam liberando os grãos.
Os próprios agricultores da região coletam as sementes das fezes dos animais.
Nesse caso, não há crueldade animal e o café consegue ser produzido da mesma forma e ter a mesma qualidade.
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