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Por que a TV 8K, proibida na Europa, poderia gerar problemão para a região 

Modelo de TV LG Oled Z2 8K - Divulgação
Modelo de TV LG Oled Z2 8K Imagem: Divulgação

João Vieira

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

26/05/2023 04h00

A União Europeia proíbe, desde 1º de março de 2023, a venda de TVs 8k em países integrantes do grupo. A decisão foi tomada para se alinhar à tentativa do continente de adotar um consumo de energia mais sustentável, além de driblar a crise energética que atinge a região.

A proibição criou um problema para as gigantes do mercado e pode travar a comercialização do televisor no Brasil.

Mas por que a TV 8k pode prejudicar o meio ambiente?

A União Europeia possui o Índice de Eficiência Energético (EEI), que determina o consumo máximo de aparelhos eletrônicos na região.

Agora, nenhum dispositivo Full HD deve ultrapassar a marca de 0,90 de consumo dentro desse índice.

Nenhum televisor 8k consegue respeitar esse limite, sendo que, em alguns casos, o aparelho pode chegar a consumir quatro vezes mais energia que o valor determinado.

O 0,90 definido pelo índice é semelhante a algo em torno de um limite de consumo de 112 watts para um televisor de 65 polegadas, algo completamente fora da realidade da 8k, que consome, em média, cerca de 460 W.

Um alto consumo de energia, além de pesar no bolso, acarreta em desperdício de recursos naturais valiosos para a manutenção sustentável do planeta.

Desde 2019, a União Europeia tenta cumprir o Pacto Ecológico europeu, que visa atingir a neutralidade climática até 2050. O consumo de energia de maneira sustentável é um dos principais pontos do projeto.

Além disso, o continente sofre com a escassez de fornecimento de energia desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, uma vez que os russos eram um dos principais fornecedores de recursos para a UE e acabaram cortando a parceria após o órgão se posicionar a favor dos ucranianos.

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