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Gato-do-mato negro é registrado em vídeo raro; saiba importância da espécie

De Ecoa, em São Paulo (SP)

29/06/2023 10h50

Um gato-do-mato fêmea negro foi registrado por câmeras em uma reserva no município de Guaraqueçaba, no Paraná. Nas imagens, a mãe brinca com o filhote, que tem a coloração amarela com manchas, que são típicas da espécie.

A cor escura é causada pelo melanismo, uma condição genética onde a produção elevada de melanina causa o escurecimento da pele. Embora seja comum entre felinos em geral, biólogos afirmam que o fenômeno é pouco observado e fotografado na natureza.

O gato-do-mato-pequeno é um dos menores gatos silvestres das Américas. Com aparência similar a do gato doméstico, ele pesa até 4 kg, com uma cauda com até 35 centímetros além do corpo que se estende por até 54 centímetros.

Atualmente, é considerado vulnerável na lista de animais ameaçados de extinção no Brasil, devido à destruição das florestas e à destruição de habitats originais.

Observá-lo é parte essencial de mantê-lo vivo na natureza. Encontrada principalmente na Mata Atlântica, a estimativa é que exista de um a cinco indivíduos de gato-do-mato a cada cem quilômetros quadrados. É encontrado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, além do Paraguai e nordeste da Argentina.

Gato-do-mato-pequeno negro com filhote, que possui coloração típica da espécie - Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar/Fundação Grupo Boticário - Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar/Fundação Grupo Boticário
Gato-do-mato-pequeno negro com filhote, que possui coloração típica da espécie
Imagem: Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar/Fundação Grupo Boticário

As imagens foram capturadas com auxílio de câmeras com sensores de movimento e temperatura que disparam sem que haja contato com o animal. O objetivo é monitorar a fauna presente na reserva natural Salto Morato, uma área de Mata Atlântica.

Em 2022, mais de 7 mil fotografias foram registradas no local. Ao total, mais 30 espécies de mamíferos desde o início do projeto, em 2018.

"É uma iniciativa que promove uma agenda comum de monitoramento e conservação. O envolvimento dos agentes é outro objetivo do programa, que engaja a comunidade, como moradores das regiões das reservas, contribuindo para o mapeamento local de ocorrências de espécies", disse membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e coordenador do Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar.

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