Energia solar, casas 'diferentonas' e diversidade: os novos ares de Cleo

Painéis solares e vegetação abundante — esses são os novos ares vividos pela atriz, cantora, produtora e empreendedora Cleo em Passa Quatro, em Minas Gerais, onde, além de investir em uma casa de campo sustentável, se tornou parceira de negócios e embaixadora da Alphaz, empreendimento imobiliário de seu companheiro e sócio Leandro D'lucca, em meados de 2021.

Quando está longe dos palcos e das telas, ela tem se aprofundado cada vez mais em conhecer alternativas para construções sustentáveis - foco do negócio, que pretende entregar casas de campo com soluções ecológicas em uma área de 3,85 hectares batizada de Clube Olive, e tem vista para a Serra da Mantiqueira.

Sempre tive esse olhar durante a minha infância, cresci muito próxima da natureza, o que só reforçou esse sentimento. E tecnologia sustentável também é um assunto que consumo. Para mim, abordar o tema é algo importante, que vai desde as pequenas escolhas diárias até o envolvimento em projetos ambientais de forma a promover uma maior conscientização, Cleo para Ecoa.

"O principal diferencial está justamente em conseguir conciliar a preservação da natureza e a construção, buscando sempre priorizar o ambiente em que será construído, de modo que seja promovido um equilíbrio e a proteção ambiental", completa.

No dia a dia, a atriz comenta ter olhado com mais cuidado à preservação ambiental, adotando a redução no consumo de plástico, água e buscar informações sobre o mercado da moda, selecionando o que agrida menos o ambiente no vestir e no morar.

Seu empreendimento, que ainda está na fase da planta e não iniciou a construção, aposta em estruturas que ajudam a regular o clima para evitar o uso do ar-condicionado, por exemplo.

"Os principais diferenciais dessa construção são a redução do consumo de energia, de água, coleta seletiva, uso de materiais ecologicamente corretos na construção, de modo que promova uma boa ventilação e filtragem do ar, trazendo um maior conforto térmico sem se fazer necessário o uso de aquecimento ou ar-condicionado. E vejo como fundamental para que o futuro seja construído de maneira harmônica e saudável para o planeta", aponta Cleo.

Cleo
Cleo Imagem: Reprodução/Instagram

Sair da bolha para olhar a diversidade

Cleo afirma que nos últimos anos passou a refletir e pesquisar mais sobre assuntos que furam sua bolha e a fizeram entender questões que envolvem realidades diferentes da sua.

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O movimento a fez incorporar em sua produtora um outro olhar para contratação de talentos.

O lugar em que estou hoje é algo que sempre quis alcançar, que é ter essa autonomia dentro do audiovisual em realizar projetos que acredito e com pessoas que são talentosas. Nas produções é um olhar muito presente meu e da minha equipe na hora de pensar em elenco e em time, além de abrir espaço para pessoas talentosas, independentemente de experiência, cor ou gênero, Cleo.

A atriz revela que esse é um trabalho que vem desenvolvendo com toda a sua equipe. "Para isso é preciso uma base de produção que está alinhada com isso, porque não adianta eu ter um elenco diverso no filme e não ter uma equipe de produção que entende tanto quanto nós a importância dessas oportunidades serem ofertadas", diz.

Dentre os movimentos para diversidade, Cleo cita a seleção de atores para papéis que comumente não fazem.

"Silvero Pereira comentou em uma coletiva que sempre é convidado para interpretar um gay ou uma pessoa afeminada, mas, no 'Me Tira da Mira', ele dá vida a um personagem que vem em desencontro a esse padrão. Além disso, nós também trabalhamos com artistas de universidades públicas do Rio de Janeiro, que podem ser vistos em 'Me Tira da Mira', 'O Velho Fusca' e 'Uma Babá Gloriosa'", conta a produtora.

Cleo também afirma que sua produtora abre portas para artistas que exercem mais de uma função na série. "Outra área que gostamos de explorar são as múltiplas faces de um artista, movimento comum em outros países, mas ainda pouco aceito no Brasil. Nos filmes O Velho Fusca e Uma babá gloriosa, tivemos a King Saints, que é cantora e compositora, atuando. São artistas que, além de cantar, também atuam, mas que não conseguem exercer tanto a profissão por conta da dedicação à música", diz.

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Para Cleo, promover a diversidade em produções é de suma importância para ampliar a representatividade, permitindo que diversas pessoas com culturas, origens e identidades diferentes consigam se ver sendo representadas.

"Isso faz com que esses grupos se sintam incluídos e pertencentes dentro de uma sociedade que é tão diversa e faz as pessoas refletirem um pouco mais sobre o meio em que vivem. A arte faz muito isso, ela cura, educa, disciplina. Precisamos utilizar essas ferramentas que temos para propagar isso", diz Cleo.

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Cleo Imagem: Reprodução/Instagram

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