Papo Preto #130: Mapeamento da população quilombola do Brasil

Os primeiro registros de quilombos assentados no Brasil datam do início da colonização, eles surgiram como uma estratégia de combate à escravização de negros e indígenas. Segundo os dados do Censo realizado em 2022, mais de 1,3 milhão de pessoas se autodeclaram como quilombolas, mas líderes dessas comunidades dizem que esse número subestima a realidade.

Isso porque a consulta do Censo foi feita apenas em áreas de antigos quilombos e não para a população em geral. Este episódio de Papo Preto debate a necessidade desse mapeamento para ampliar a visibilidade das demandas dos povos quilombolas no Brasil que, segundo seus representantes, pode ser até o triplo do número indicado pelo IBGE.

Biko Rodrigues, coordenador executivo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, explica que as consultas foram feitas em pequenas aglomerações onde eles apontaram que tinha mais de 5 pessoas quilombolas."Temos quilombolas que não estão nesses territórios, estão nos grandes centros, estudando e fazendo várias outras coisas" (a partir de 08:13 do arquivo acima).

Ele diz que se o IBGE incluir uma aba no censo geral na pergunta "como você se auto denomina" este número tende a duplicar ou até triplicar. "Mas a gente entende a importância de já ter esses dados para que a gente já possa trabalhar e fomentar políticas públicas para o nosso povo, sabendo onde estamos, quantos somos, isso é importante" (a partir de 09:41 do arquivo acima).

Papo Preto é um podcast produzido pelo Alma Preta, uma agência de jornalismo com temáticas sociais, em parceria com o UOL Plural, um projeto colaborativo entre o UOL, coletivos e veículos independentes. Novos episódios vão ao ar todas as quartas-feiras.

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