Paulinho, do Atlético-MG, foi vítima de intolerância ou racismo religioso?
Após sua recente estreia na seleção brasileira de futebol, o atacante Paulinho, do clube Atlético-MG, recebeu uma série de mensagens nas redes sociais com ofensas a sua religião de matriz africana, o candomblé, na qual se iniciou na juventude.
Como em outras ocasiões, e também após a sua convocação para a seleção no início do mês, Paulinho postou uma foto com a camisa verde e amarela saudando o orixá Exú com a frase: "Nunca foi sorte, sempre foi Exú". Ao mesmo tempo em que recebeu ataques por conta da religião, o atacante também recebeu mensagens de solidariedade em seu perfil.
Com a repercussão do caso, levantou-se o questionamento se o episódio com Paulinho se tratou de um caso de "racismo religioso" ou de "intolerância religiosa".
No Destretando em Vídeo desta semana, Arape Malik explica a diferença entre os dois termos. Confira abaixo:
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Intolerância religiosa é crime
A intolerância religiosa envolve o preconceito que gera discriminação, profanação, ofensas e agressões contra outras pessoas por conta de suas crenças.
O Brasil é um país laico e o artigo 5º de sua Constituição Federal assegura a igualdade religiosa. A lei nº 9.459/97 também prevê punição de um a três anos de reclusão e multa para quem praticar, induzir ou incitar crimes motivados por discriminação de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
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