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Vítima de cães e gatos, papagaio que não voa encontrou nova chance de vida

Kakapo Jimmy na Ilha Stewart, dezembro de 1983 Imagem: Alan Tennyson

De Ecoa, em São Paulo

13/01/2024 04h04

Um papagaio que não voa? Isso mesmo! O kakapo é uma ave noturna, endêmica da Nova Zelândia e uma verdadeira raridade.

Os kakapo adultos são vulneráveis ​​à predação por gatos e seus ovos e filhotes podem ser mortos por ratos Imagem: The world's rarest/Reprodução

Isso porque, além de ser uma das poucas aves que não consegue alçar voo, ele está criticamente ameaçado de extinção.

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Os humanos começaram a ocupar áreas que antes eram habitadas pelos animais. Assim, os kakapos, por não voarem, passaram a ser presas fáceis para animais de estimação como cães e gatos.

Somente as fêmeas incubam os ovos e criam os filhotes. Na foto, filhotes de kakapo no ninho na Anchor Island, fevereiro de 2022 Imagem: Oscar Thomas

Antes da chegada dos humanos, os kakapos eram comuns em todas as florestas da Nova Zelândia. Contudo, em meados da década de 1990, o número de aves chegou ao ponto mais baixo com apenas 50 animais.

Como devem passar longos períodos longe do ninho para se alimentar, os ovos e filhotes são particularmente vulneráveis ​​à predação quando o ninho está desacompanhado Imagem: Getty Images/iStockphoto

Devido a isso, o animal hoje é foco de atenção e conservação de ONGs e do governo da Nova Zelândia.

Longe dos ninhos, os kakapo dependem de uma coloração enigmática para escondê-los dos predadores Imagem: Getty Images/iStockphoto

O primeiro passo foi a transferência de toda a população para ilhas livres de predadores, o que gerou um aumento significativo no número de indivíduos da espécie.

Kakapo fêmea na Anchor Island, março de 2022

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Um total de 210 aves foi conhecida em junho de 2020. Para o monitoramento e cuidado com a espécie, todas carregam transmissores de rádio e são monitoradas e gerenciadas intensivamente.

Os kakapos têm diversidade genética muito baixa e, como consequência, baixa fertilidade Imagem: Getty Images/iStockphoto

As tentativas de proteger o kakapo dos predadores introduzidos, como cães e gatos, no entanto, começaram bem antes. O primeiro registro de transferência da ave aconteceu na década de 1890. Eles foram levados para a Ilha da Resolução na década de 1890. Mas a tentativa falhou já que outro predador, dessa vez os arminhos, nadaram até a ilha.

Os kakapos são noturnos e solitários, ocupando a mesma área de vida por muitos anos Imagem: Getty Images/iStockphoto

Já nas décadas de 1980 e 1990, as transferências foram para a Ilha Maud, completamente livre de predadores, e para Hauturu e Whenua Hou.

Os kakapos são noturnos e solitários, ocupando a mesma área de vida por muitos anos Imagem: Getty Images/iStockphoto

O cuidado com a preservação, no entanto, não envolvia apenas a transferência das aves. Houve um manejo intensivo que incluiu a movimentação das aves entre ilhas, a proteção dos ninhos contra ratos, a alimentação suplementar dos adultos e o monitoramento de perto dos ovos e filhotes.

Frequentemente saltam das árvores e batem as asas, mas, na melhor das hipóteses, conseguem uma queda controlada Imagem: Getty Images

Mais recentemente, a conservação dos kakapos tem feito uso da inseminação artificial para minimizar futuras perdas genéticas.

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Atualmente, os kakapos são mantidos em três ilhas: Whenua Hou, Anchor Island e Hauturu.

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