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LinkedIn doa R$ 2,5 milhões para ONGs brasileiras

LinkedIn oferece treinamento qualificado aos beneficiários Imagem: Getty Images/iStockphoto/metamorworks

De ECOA, em São Paulo

18/01/2024 15h47

O LinkedIn fez uma doação de R$ 2,5 milhões para cinco ONGs brasileiras: Das Pretas, Associação Mulheres Quilombolas em Ação Dandara dos Palmares, Associação das Mulheres Munduruku Wakoborün, Sim Eu Sou do Meio e Malungu. Essas contribuições marcam o início de uma iniciativa da equipe de Impacto Social do LinkedIn, conhecida como Global Root Causes Fund.

Além da doação, o LinkedIn está oferecendo treinamento qualificado aos beneficiários em parceria com a Brazil Foundation, uma organização sem fins lucrativos que mobiliza recursos para projetos e ações que transformam o Brasil, Uma das atividades previstas para março de 2024 é o Encontro de Lideranças, que reunirá outras 40 instituições parceiras da BrazilFoundation que atuam nas áreas de Empreendedorismo Negro, Equidade de Gênero, Meio Ambiente e Mudança Climática e, Educação.

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O Brasil foi escolhido como local de lançamento do Global Root Causes Fund e o financiamento destina-se especificamente a apoiar as comunidades negras e indígenas em sua busca por capacitação econômica, maior empregabilidade e desenvolvimento profissional de seus assistidos.

"O objetivo do LinkedIn é criar oportunidades econômicas para os profissionais de todo o mundo. Para isso se concretizar, é fundamental enfrentarmos as barreiras históricas e sistêmicas que impedem oportunidades econômicas de serem geradas", explica Meg Garlinghouse, VP de Impacto Social do LinkedIn. "Com o nosso fundo "Root Causes", aspiramos a criação de um futuro econômico mais equitativo para todos", continua.

A seleção das organizações foi feita em parceria com o Global & Collective, coletivo internacional focado na mudança social, liderado por mulheres, pessoas negras e indígenas, que constroem movimentos e estratégias de campanha pela equidade, junto com Marcelle Decothé, Sandra Silva e Lua Couto - mulheres negras e indígenas com expertise em movimentos sociais. Essa equipe levou em consideração critérios como a fundação/liderança da instituição por pessoas negras e/ou indígenas, a interseccionalidade de identidades, a construção de poder econômico e a conexão entre trabalho e oportunidades socioeconômicas para grupos sub-representados.

"Durante nossa jornada, aprendemos que o trabalho realizado pelas organizações selecionadas é focado ou reflete na melhoria da empregabilidade e da carreira de profissionais negros e indígenas em áreas dominantes da economia", explica Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para América Latina e África.

Os beneficiários já estão usando o fundo para melhorar o acesso de suas comunidades à educação e preservar seu patrimônio cultural da forma que consideram mais eficaz

Milton Beck, Diretor Geral do LinkedIn para América Latina e África

Conheça mais o trabalho das Organizações

Das Pretas: é um laboratório de inovação e tecnologia social dedicado à promoção do empoderamento sócio inclusivo e conscientização sobre comunidades marginalizadas no Brasil. O trabalho da instituição engloba o acesso à educação para empreendedoras negras periféricas, inclusão digital e advocacy por mudanças significativas nas políticas que apoiam o desenvolvimento da população negra no Brasil.

"Conseguimos implementar melhorias no Das Pretas oferecendo suportes importantes aos nossos colaboradores, melhorando processos internos e a qualidade do trabalho realizado, trocando equipamentos, investindo em cursos, formações e consultorias; isso instantaneamente aumenta o impacto de qualquer projeto assinado pela organização. E o investimento ainda proporcionou a contratação de novas pessoas para ampliar a capacidade operacional e o impacto do que o Das Pretas faz, como a Head de Pesquisas e Inteligência de Dados", diz Priscila Gama, CEO do Das Pretas.

Associação Mulheres Quilombolas em Ação Dandara dos Palmares: fundada por mulheres quilombolas, a organização busca capacitar pessoas afetadas por desigualdades sociais e violência doméstica. Seu enfoque está na geração de mobilidade econômica, criação de empregos e defesa de resultados comunitários mais equitativos.

"Oportunizaremos a população negra um espaço físico (centro de atividades) que oferecerá cursos de capacitação e formação em diversas áreas, como mídias digitais, culinária, beleza, agroecologia, dentre outros de forma que jovens e mulheres negras possam empreender como também se inserir no mercado de trabalho", explica a coordenadora de gestão de projetos da ONG, Sirlene Santos.

Associação das Mulheres Munduruku Wakobor?n: a associação, formada por centenas de mulheres Munduruku, tem como missão apoiar o movimento de resistência do povo Munduruku Ipereg Ayu, aumentar a participação das mulheres na tomada de decisões e alternativas de geração de renda, além de lutarem pela demarcação das terras indígenas e defender os territórios Munduruku contra projetos destrutivos.

"Todo recurso utilizado para monitoramento territorial, compra de artesanato, produção de remédios caseiros, participação nos eventos e auto-demarcação, garante e fortalece a nossa autonomia. Escolhemos o rumo que desejamos tomar, não queremos que ditem os nossos caminhos, nós agimos de acordo com a nossa própria organização", explica Maria Leusa Cosme Kaba Munduruku, coordenadora da Associação das Mulheres Wakobor?n.

Sim Eu Sou do Meio: a organização tem como missão tirar Belford Roxo, na Baixada Fluminense, da invisibilidade social, econômica e política, promovendo a inclusão digital e tecnológica de jovens e mulheres 35+, com ênfase na entrada no mercado de trabalho. Atuam também com atividades educacionais, culturais, esportivas e inclusão socioprodutiva para geração de renda por meio do empreendedorismo (panificação, confeitaria, designer de sobrancelhas, extensão de cílios, trancista) feminino cis e trans. No ano de 2023 contaram com 1.250 alunos diretos, e mais de 4.500 atendimentos mensais na Cozinha Solidária Raízes do Meio.

"Com o apoio do LinkedIn, estamos melhorando o impacto da instituição na vida de centenas de mulheres e jovens, possibilitando acesso ao mundo do trabalho com a sala de tecnologia equipada e ampliando a visão empreendedora. Sem dúvidas, veremos a democratização do acesso a internet e cursos como Pacote Office, programação, robótica e produção de dados, para tornar jovens e mulheres negras protagonistas de suas histórias. Ao todo, são mais de 5.000 pessoas impactadas, mais de 2.000 refeições servidas e 1.700 lanches", conta Debora Silva, Presidente e Gestora na Sim! Eu Sou do Meio.

Malungu - Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará: é uma associação civil sem fins lucrativos constituída por comunidades Quilombolas do estado do Pará, que defende os direitos humanos com base no tripé resistência, identidade e direitos. Surgiu como um dos desdobramentos das lutas travadas por mulheres e homens quilombolas, que desde o final da década de 1980 exigem a garantia de seus direitos territoriais.

"Esse financiamento está nos ajudando em nossa missão de combater o racismo, principalmente propagando informações sobre os nossos direitos e história. Com isso, podemos evoluir muito na questão da educação, mantendo agendas de debates para combater problemas institucionais que nos afetam", comenta Iraci Nascimento dos Santos, Coordenador Administrativo da instituição.

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