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Garimpo devasta quatro campos de futebol por dia em terras indígenas

Área de garimpo ilegal na Terra Yanomami em Roraima em 27 de junho de 2023 Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters

De Ecoa

12/03/2024 08h56

Em 2023, o garimpo devastou 1.410 hectares, o equivalente a quatro campos de futebol por dia, nas Terras Indígenas dos povos kayapó, munduruku e yanomami, de acordo com levantamento do Greenpeace Brasil divulgado ontem (11).

Todo garimpo em território indígena é ilegal no Brasil, já que a mineração nesses territórios é proibida por lei.

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As terras kayapó, munduruku e yanomami são as mais afetadas pela expansão garimpeira, concentrando 95% da mineração ilegal em Terras Indígenas, conforme estudo do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

O porta-voz do Greenpeace Brasil, Jorge Eduardo Dantas, destaca a necessidade imediata de uma Amazônia livre de garimpo, considerando as ameaças às pessoas, a destruição dos rios e a perda de biodiversidade a cada hora que os garimpeiros permanecem nos territórios indígenas.

Cada hora que passa com os garimpeiros dentro dos territórios indígenas significa mais pessoas ameaçadas, uma porção de rio destruído e mais biodiversidade perdida. Jorge Eduardo Dantas, porta-voz do Greenpeace Brasil

Atualmente, na somatória total, o garimpo ilegal já devastou mais de 26 mil hectares dos territórios demarcados dos povos kayapó, munduruku e yanomami, uma área maior do que a cidade do Recife.

"Temos lido e ouvido bastante sobre os esforços do governo para combater o garimpo ilegal na TI Yanomami, em Roraima. Porém, precisamos lembrar que os territórios dos povos kayapó e munduruku, no Pará, têm sido muito prejudicados e é preciso reforçar as operações e trabalhos de fiscalização por ali também. Não basta só a vontade política", afirma Dantas.

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