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Menor golfinho do mundo é salvo em "operação milagre" no México

Vaquita - wwf
Vaquita Imagem: wwf

Carlos Carillo

San Felipe, México

27/01/2023 16h18

Os esforços de fiscalização para proteger a vaquita, a menor toninha do mundo, levaram a uma queda significativa na pesca em uma área protegida que abriga espécies criticamente ameaçadas de extinção, afirmou o governo mexicano e uma ONG após um ano de parceria reforçada.

No entanto, não está claro se a proibição da pesca no mar de Cortés, no México, se traduziu em um aumento na população de vaquitas, que alguns biólogos estimam ter caído para algo apenas entre 6 a 20. (Boto e golfinho são sinônimos).

A Sea Shepherd, uma organização não governamental, fez parceria com órgãos oficiais e a Marinha do México no ano passado para impulsionar a "Operação Milagre", um projeto para proteger a vaquita por meio do compartilhamento de informações sobre a pesca ilegal nas águas onde vivem, conhecida como Área de Tolerância Zero.

Um ano depois, o grupo disse ter conseguido reduzir em mais de 70% o número de horas que os barcos de pesca operam onde vivem as vaquitas, no golfo do Pacífico, que separa a península de Baja California do continente, garantindo que menos redes sejam lançadas.

Barcos de pesca ilegal com vaquitas; caça foi interceptada por governo mexicano e ONG canadense - Reprodução/Sea Shepherd - Reprodução/Sea Shepherd
Barcos de pesca ilegal com vaquitas; caça foi interceptada por governo mexicano e ONG canadense
Imagem: Reprodução/Sea Shepherd

As vaquitas, que chegam a pouco menos de 1,5 metro, muitas vezes ficam emaranhadas e morrem em redes de pesca lançadas para capturar camarões, peixes ou totoaba — um peixe grande cuja bexiga-natatória é comercializada ilegalmente para a Ásia, onde é valorizada na medicina tradicional.

O México está sob pressão internacional para resolver o problema

A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens — o principal órgão mundial sobre o assunto — ameaçou o México com restrições comerciais se não apresentar um plano para enfrentar as ameaças às espécies até o final de fevereiro