Países do G7 chegam a acordo para abandonar carvão até 2035 com ressalva
Os ministros de Energia dos países do G7 concordaram nesta terça-feira (30) em eliminar o uso de carvão na geração de energia "durante a primeira metade da década de 2030", de acordo com um comunicado oficial.
No entanto, em uma ressalva, a declaração incluiu um objetivo alternativo de eliminar gradualmente as usinas de energia movidas a carvão "em um cronograma consistente com a manutenção de um limite do aumento de temperatura a 1,5 °C dentro do alcance, de acordo com as trajetórias de zero líquido dos países".
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A ressalva foi incluída na redação final do comunicado para dar margem de manobra à Alemanha e ao Japão, cujas usinas a carvão produzem mais de 25% de sua eletricidade total, disseram fontes diplomáticas à Reuters.
A Alemanha incluiu em sua legislação uma meta final para fechar as usinas a carvão até 2038, no máximo, enquanto o Japão não definiu uma data.
O acordo sobre o carvão marca um passo significativo na direção indicada no ano passado pela COP28 para eliminar gradualmente os combustíveis fósseis, dos quais o carvão é o mais poluente.
O grupo — formado por Itália, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá e Japão — também disse que reconhece que a redução das receitas de energia russas é essencial para apoiar a Ucrânia e prometeu trabalhar na transição a fim de deixar de importar gás russo.
Os países, no entanto, não concordaram com nenhuma posição comum sobre possíveis sanções ao gás natural liquefeito russo.