Tráfico ilegal de animais silvestres segue frequente, diz relatório da ONU
O tráfico ilegal de plantas e animais selvagens continua frequente, de acordo com um relatório da ONU desta segunda-feira (13), e é fundamental que os governos se concentrem em mais do que apenas espécies "icônicas" como os elefantes, em que houve progresso.
Embora as apreensões registradas em 2020 e 2021 tenham sido cerca de metade das registradas em relatórios anteriores, isso pode ser atribuído a interrupções ligadas à covid, em vez de um declínio no tráfico real, disse o Relatório Mundial sobre Crimes contra a Vida Selvagem do UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime).
O estudo é publicado a cada quatro anos e 2020-2021 foram os últimos anos para os quais havia dados disponíveis.
"O tráfico de vida selvagem em geral não foi substancialmente reduzido ao longo de duas décadas", disse o UNODC em um comunicado sobre o relatório, pedindo medidas que incluem melhor fiscalização e implementação da legislação, incluindo leis anticorrupção.
"Milhares de espécies ameaçadas são afetadas pelo tráfico de animais silvestres, sendo que uma pequena minoria, como elefantes, tigres e rinocerontes, atrai a maior parte da atenção das políticas", afirma o relatório.
Os crimes contra a vida selvagem, "como a coleta ilegal de plantas suculentas e orquídeas raras", e o tráfico de muitos tipos de répteis, peixes, aves e mamíferos desempenharam um papel fundamental nas extinções locais ou globais, segundo o relatório.
De 2015 a 2021, as apreensões de 13 milhões de itens mostraram um comércio ilegal de cerca de 4.000 espécies de plantas e animais em 162 países e territórios, segundo o relatório. As espécies mais comuns envolvidas foram os corais (16%), os crocodilianos (9%) e os elefantes (6%).
Um raro ponto positivo foram os esforços para combater o tráfico de marfim de elefante e chifre de rinoceronte, segundo o relatório, apontando para quedas na caça ilegal, nos níveis de apreensão e nos preços de mercado na última década.
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