A senadora Marta Suplicy (PT-SP) admitiu nesta sexta-feitra (29) a possibilidade de não participar da campanha do pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Segundo a ex-prefeita (2001-2004), ela vai priorizar seu mandato no Senado.

"Vou me dedicar ao mandato de oito anos, para qual fui eleita, e à reeleição da presidente Dilma [Rousseff]. É essa a minha postura", afirmou. Marta foi preterida na disputa em São Paulo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que escolheu o ex-ministro da Educação.

A declaração foi dada durante reunião da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), que investiga a Violência Contra a Mulher no país, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).

Ao ser questinada sobre a aliança do PT paulistano com o PP, do deputado federal Paulo Maluf (SP), Marta desconversou.

"Só posso responder por mim. Temos em São Paulo um grupo de pessoas que apoia o Maluf e outras que têm urticária ao ouvir o nome dele", afirmou.

A aliança com o partido do ex-prefeito causou uma crise na campanha de Haddad. Indicada como vice na chapa, a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) deixou o posto após a coligação ser firmada, em ato político na casa de Maluf, em que participaram Lula e Haddad, que posaram para uma sessão de fotos.

O apoio do deputado ao Haddad é rejeitado por 62% dos eleitores de São Paulo, mostra pesquisa Datafolha. Entre os que declaram preferência pelo PT, a reprovação da aliança chega a 64%.