"É o fim de uma era", diz Chalita sobre provável derrota de Serra em São Paulo
Julianna Granjeia
Do UOL, em São Paulo
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Ale Frata/Estadão Conteúdo
O deputado federal e ex-candidato a prefeito de São Paulo Gabriel Chalita (PMDB) votou no colégio Sion
Ao chegar no final da tarde deste domingo (28) no hotel onde o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, é esperado para um pronunciamento, o candidato derrotado do PMDB, Gabriel Chalita, afirmou que a derrota de José Serra (PSDB), indicada pela pesquisa de boca de urna do Ibope representa o "o fim de uma era, de um jeito de fazer política".
"Acho que o PT e o PMDB acertaram em fazer uma renovação. E os próprios líderes do PSDB hoje colocam isso. Na política chega um momento em que os mais experientes precisam ajudar outras pessoas surgirem. O povo quer isso, a democracia é isso", disse Chalita, que apoiou Haddad no segundo turno. Chalita também reafirmou que não discutiu cargos com Haddad.
Segundo o instituto, o petista terá 57% dos votos válidos, contra 43% do tucano.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também na entrada do hotel, afirmou que a possível derrota de Serra representa a maior derrota do partido de oposição ao governo Dilma Rousseff.
O PT prepara uma festa para recepcionar Haddad. Centenas de balões vermelhos e brancos foram colocados no salão onde o petista fará o pronunciamento.
Secretariado
A vice da chapa de Haddad, Nádia Campeão (PCdoB), chegou no começo desta noite ao hotel e também afirmou que, no momento, não será discutido secretariado. "Estamos confiantes, mantemos uma distancia boa nesse segundo turno, mas vamos aguardar o resultado do TRE".
O vereador José Américo (PT), um dos coordenadores da campanha, é o mais cotado para fazer a transição com a equipe de Gilberto Kassab (PSD), caso a vitória se confirme. Kassab disse neste domingo, ao votar, que o secretário de Governo, Nelson Hervey, será o coordenador do grupo de transição por parte da atual gestão.