A redução no número de secretarias no palácio Paiaguás, sede do governo de Mato Grosso, aparece entre as propostas de candidatos a governador do Estado, como parte de um esforço para diminuir os gastos da administração local, segundo informou o jornal "Diário de Cuiabá" nesta segunda-feira (28). Apesar disso, a maioria dos candidatos também prevê a criação de novas pastas. 

É o caso de Lúdio Cabral (PT), que diz que pretende reduzir o número de servidores públicos comissionados do Estado em, no mínimo, 20%, para então poder criar uma nova secretaria.

"O enxugamento irá acontecer no governo como um todo, nas secretárias, nas secretarias-adjuntas, nas autarquias. Com isso, podemos atingir uma redução de 20% dos cargos comissionados do Estado e, consequentemente, gerar uma economia absurda aos cofres públicos", declarou Cabral ao "Diário de Cuiabá". 

O candidato defende a criação da Secretaria de Floresta, que cuidará do manejo florestal, da preservação ambiental e da recuperação de áreas degradas.

Já o deputado estadual José Riva (PSD) defende a criação de duas novas secretarias, mas acredita que isso não afetará os planos de corte de gastos.

"Tenho uma proposta de criar a Secretaria de Ação Comunitária, e no enxugamento que nós vamos fazer isto é perfeitamente possível", disse Riva ao jornal. O deputado também pretende criar a Secretaria de Desenvolvimento Regional. 

Para José Marcondes, o Muvuca (PHS), a criação de novas secretárias é "brincar com a sociedade pagadora de impostos". "Quero reduzir o número de secretarias, pois acredito que muitas servem apenas como cabide de emprego", declarou o candidato ao jornal.