Waldez (PDT) e Camilo (PSB) disputarão 2º turno pelo governo do Amapá
Do UOL, em Maceió
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Arte UOL
Capiberibe (esq.) e Waldez (dir.) disputarão o segundo turno para governador do Amapá
Waldez Góes (PDT) e o atual governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), vão disputar o segundo turno das eleições para o governo do Estado, segundo resultados do primeiro turno divulgados neste domingo (5).
Com 100% das urnas apuradas, Waldez obteve 42,2% dos votos válidos contra 27,5% de Capiberibe. Na disputa pelo Senado, Davi Alcolumbre (DEM) foi eleito com 36,3%.
Apesar do favoritismo de Waldez, candidato apoiado por José Sarney (PMDB), Capiberibe conseguiu anular nas urnas o alto índice de rejeição da sua administração (60%) apontado pelas pesquisas eleitorais. Segundo pesquisa Ibope, 46% dos eleitores disseram que não votariam de forma alguma no atual governador. Já Waldez obteve 24% no mesmo quesito.
Campanhas
A declaração de Capiberibe no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que ele deverá gastar até R$ 6,8 milhões na campanha. Na declaração de bens, Capiberibe soma R$ 277.812,68 -- uma poupança de R$ 211.755,47 e outra de R$ 31.057,21, além de duas propriedades de terra.
Waldez informou ao TSE que os gastos da campanha dele devem ser de até R$ 4,9 milhões. Ele declarou que possui apenas uma casa localizada em Macapá no valor de R$ 15 mil.
Waldez é o candidato apoiado pelo senador José Sarney, que não concorre a nenhum cargo político e desistiu de tentar reeleição. Figura histórica na política brasileira, Sarney dedicou quase seis décadas de seus 84 anos à vida pública. Em junho deste ano, ele declarou que abandonaria a política para se dedicar à família.
Biografias
Antônio Waldez Góes da Silva nasceu em 1961 no Pará. Ele iniciou na política em 1994. Naquele ano, ele foi eleito deputado estadual pelo Amapá. Foi eleito governador em 2002, sendo reeleito logo a seguir em 2006. Quatro anos depois tentou uma vaga ao Senado, mas não conseguiu se eleger.
Camilo Capiberibe nasceu em Santiago do Chile durante o exílio político dos pais, o senador e ex-governador do Amapá, João Capiberibe, e a deputada federal Janete Capiberibe. Formado em direito pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas (SP), iniciou carreira política no movimento estudantil. Em 2006, foi eleito deputado estadual. Em 2008, candidatou-se à prefeitura de Macapá, mas foi derrotado. Em 2010, Capiberibe foi eleito governador do Amapá.
Eleições 2014 no Amapá
Esperançômetro
O Amapá possui 750.912 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2014. Com um PIB de R$ 8,9 bilhões (segundo os dados mais recentes do IBGE, de 2011), o Amapá conseguiu avançar em 4,9% em relação a 2010, que foi de R$ 8,2 bilhões.
O Estado tem índice de mortalidade infantil de 24,7 por mil nascidos vivos (a média do Brasil é de 14,4 por mil), taxa de analfabetismo de 7,89% (12º lugar entre o Distrito Federal e Estados brasileiros), 35,9 homicídios por cem mil (12º pior índice entre as capitais brasileiras). Macapá tem a renda per capita mensal média de R$ 717,88 e ocupa a 985ª posição no Brasil.
Na enquete do "Esperançômetro", do UOL Eleições, 66% dos internautas do Amapá dizem que o que mais esperam que melhore no Estado é o atendimento de saúde. Em seguida vem qualidade do ensino, com 33%.
Na proposta de governo de Waldez, registrada no TSE, o candidato destacou que pretende reduzir as distâncias das unidades de saúde para melhorar o acesso da população ao serviço em tempo hábil. Ele disse que pretende fortalecer o sistema de gestão do SUS (Sistema Único de Saúde) para "superar as desigualdades sociais em saúde" com a redistribuição da oferta de ações e serviços, priorizando a atenção a grupos sociais cujas condições de vida e saúde sejam mais precárias.
No programa de governo de Capiberibe disponibilizado no TSE, o candidato destaca seis pontos para melhorar a saúde da população do Amapá. Segundo o texto, o Capiberibe promete humanizar o atendimento nos estabelecimentos assistenciais de saúde; implantar a rede de atenção integral à saúde materno-infantil para redução de mortalidade; garantir serviços de saúde de forma integral e regionalizada. O texto destaca ainda que a administração pretende modernizar a gestão através do fortalecimento do planejamento, do monitoramento e da avaliação para resultados.
Raio-X das Eleições