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Gleisi defende federação do PT com PSB, PCdoB e PV: 'Perspectiva positiva'

Apesar da publicação da presidente petista, reportagem da Folha de S.Paulo mostra que o PT já não deposita todas as fichas na formação de uma federação partidária com o PSB -  Pedro Ladeira - 22.out.2018/Folhapress
Apesar da publicação da presidente petista, reportagem da Folha de S.Paulo mostra que o PT já não deposita todas as fichas na formação de uma federação partidária com o PSB Imagem: Pedro Ladeira - 22.out.2018/Folhapress

Colaboração para o UOL

11/02/2022 19h53Atualizada em 11/02/2022 19h53

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, escreveu, em publicação nas redes sociais hoje, a discussão sobre federação partidária ao lado de PSB, PCdoB e PV.

"O projeto da Federação é importante para o PT e para as forças populares. Seguimos debatendo internamente com PSB, PCdoB e PV. E a perspectiva é positiva sim, apesar dos que jogam contra. Em 10 dias teremos nova reunião."

Apesar da publicação de Gleisi, reportagem da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, mostra que o PT já não deposita todas as fichas na formação de uma federação partidária com o PSB, que selaria a aliança em torno da chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para presidente e Geraldo Alckmin como vice e obrigaria os dois partidos a atuarem juntos em todos os estados do país.

A reunião da direção do partido, ontem, com dirigentes do PSB e também do PV e do PC do B, que integrariam o acordo, foi considerada desanimadora.

Márcio França atrapalha federação

Segundo a colunista, para os petistas, o principal entrave nas negociações com PSB é a postura do ex-governador de São Paulo Márcio França, que mantém a pré-candidatura ao governo de SP e defende que Fernando Haddad abra mão da pretensão de também disputar o cargo para apoiá-lo.

França tem afirmado a lideranças que, embora Haddad esteja na frente nas pesquisas de intenção de votos, teria mais dificuldades em vencer a direita no estado no segundo turno por causa da rejeição de parte significativa do eleitorado ao PT.

Já os petistas informaram ao PSB que podem abrir mão de candidaturas em praticamente todos os estados —menos em São Paulo.

Segundo pesquisa Datafolha, divulgada em dezembro do ano passado, na corrida pelo Bandeirantes, Geraldo Alckmin teria 28% das intenções de voto, seguido por Haddad (PT), com 19%; França (PSB), com 13%; e Guilherme Boulos (PSOL), com 10%. Sem Alckmin na disputa e com o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB-SP), que aparece com 6% das intenções de voto, Haddad sobe de 19% para 28% dos entrevistados que declaram que votariam nele.