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PSOL decide que vai apoiar Lula se PT prometer revogar reformas de Temer

Boulos vai integrar uma comissão criada pela sigla para tratar das negociações com o PT - Ricardo Stuckert
Boulos vai integrar uma comissão criada pela sigla para tratar das negociações com o PT Imagem: Ricardo Stuckert

Colaboração para o UOL

11/02/2022 15h31Atualizada em 11/02/2022 21h41

O PSOL decidiu hoje dar início às negociações para apoio da sigla ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial. A executiva nacional do partido diz que pode apoiar o petista, caso haja, entre outras medidas, a revogação de reformas.

Segundo comunicado divulgado pelo PSOL, a abertura oficial das discussões será feita em um ato no próximo dia 16, em Brasília, quando será promovida uma coletiva de imprensa com a presença de líderes partidários.

No texto, os psolistas também citam uma possível aliança com outros partidos de esquerda. As três principais condições elencadas pela executiva são:

  • Apoio à revogação das reformas trabalhista, previdenciária e teto de gastos;
  • Enfrentamento à crise climática com medidas para financiar a transição energética, defesa de um novo modelo de desenvolvimento da Amazônia, desmatamento zero, garantia de direitos aos povos indígenas, tradicionais e quilombolas;
  • Proposição de uma reforma tributária que diminua a taxação no consumo de bens essenciais e populares e foque na taxação de renda e propriedade, incluindo a criação de impostos dos super-ricos/bilionários;

O pré-candidato ao Governo de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, vai integrar uma comissão criada pela sigla para tratar das negociações com o PT e demais partidos da esquerda em busca da criação de uma aliança em torno do nome do ex-presidente Lula (PT) nas eleições de outubro.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, além do líder sem-teto, o presidente nacional da sigla, Juliano Medeiros, e a deputada federal e líder da bancada do PSOL na Câmara, Samia Bomfim (SP), vão integrar a comissão.

Federações partidárias

Durante a reunião da executiva nacional também foi aprovada uma resolução sobre federações, prorrogando em 15 dias as atividades do grupo de trabalho formado para debater a questão. "Já estamos bem avançados nas conversas com a Rede, mas ainda há um importante caminho a ser percorrido, especialmente no que diz respeito à tática eleitoral nacional e nos estados", afirma Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL.

Parte do PSOL, segundo a Folha, vê a federação como uma forma de reposicionar o partido, de maneira forçada, mais para o centro. O senador Ranfolfe Rodrigues (Rede-AP), que é um dos articuladores da aliança, defende a chapa Lula-Alckmin.

Com a chegada da Rede, a ala minoritária do PSOL, que ainda prega uma candidatura própria ao Planalto, tende a perder mais força ainda.