Tebet diz que sua 'candidatura está se tornando irreversível'
Presidenciável do MDB, a senadora Simone Tebet diz que sua "candidatura está se tornando irreversível". A análise de Tebet, feita em entrevista ao jornal O Globo, é de que outros postulantes do "centro democrático" que teriam "maior visibilidade e capacidade de aglutinar e de conseguir votos ficaram pelo meio do caminho".
"Hoje, sou a pré-candidata do maior partido do Brasil com o menor índice de rejeição do centro democrático", disse a senadora.
Para a senadora, ela possui dois ativos em relação aos concorrentes:
- "a baixa rejeição";
- "e o fato de ser a única mulher em um eleitorado majoritariamente feminino".
Para ela, os dois nomes de centro são o dela e o do governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
Na entrevista, Tebet comparou o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ao presidente Jair Bolsonaro (PL), em cujo governo ele foi ministro da Justiça.
Sobre Moro, ela falou que o ex-ministro "tem a questão de que poderia representar o novo vindo de fora". "Mas esse novo vindo de fora já não deu certo, que foi o Bolsonaro", disse. "Por mais bem intencionado [que Moro seja], é alguém que vem de fora da política. Talvez o cavalo já tenha passado antes. Quer dizer, era outro momento."
Tebet também voltou a reforçar que não pretende ser candidata a vice na disputa pelo Planalto, como algumas lideranças políticas têm especulado e disse não ter "plano B, pelo menos não a nível nacional".
"Se a resposta for porque me acham preparada, responsável, ética, compromissada com o país, sou tudo isso, tenho capacidade de ser cabeça de chapa e pedir também que algum deles ceda o espaço para que possa ser meu vice", comentou.
Tebet entende que, mais adiante na corrida eleitoral, será preciso "convergir". "O centro democrático sabe que não tem dois, três ou quatro nomes."
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