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WhatsApp terá canal para denúncias de disparos em massa nas eleições

WhatsApp terá canal para denúncias ao TSE durante as eleições - Reprodução
WhatsApp terá canal para denúncias ao TSE durante as eleições Imagem: Reprodução

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

15/02/2022 13h41Atualizada em 15/02/2022 13h42

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) assinou hoje um acordo com oito plataformas digitais para combate à desinformação nas eleições 2022. Em cerimônia no final da manhã de hoje, o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, formalizou as parcerias com Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai.

Os acordos buscam facilitar a comunicação do TSE com o eleitor e combater práticas irregulares. No WhatsApp, por exemplo, o TSE vai criar um espaço para receber denúncias de contas suspeitas de disparo em massa, algo que já foi alvo de preocupação da Justiça Eleitoral nas últimas eleições.

"A gente sabe que existem empresas que oferecem, a partidos e candidatos, esse tipo de serviço irregular. Por isso, aproveito a oportunidade para conclamar partidos e candidatos a rejeitarem essas propostas e fazerem as devidas comunicações às autoridades eleitorais constituídas, inclusive por meio dessa plataforma que faremos em conjunto", afirmou Dario Durigan, chefe de políticas públicas do WhatsApp no Brasil.

"Com o WhatsApp nós teremos disponibilizado um canal de comunicação específico para a denúncia de uma prática que nós pretendemos reprimir, que são os disparos em massa ilegais, vedados pela legislação", afirmou hoje o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, que deixa o cargo na semana vem.

O Facebook e o Instagram anunciaram que também abrirão canais para identificar e remover conteúdos irregulares. "Uma vez recebida a denúncia, ela será analisada pela Meta, proprietária dos aplicativos, e se o conteúdo reportado violar as políticas das plataformas, será removido", afirmaram as empresas em nota.

Das grandes plataformas que operam no Brasil, a única ausente das discussões é o Telegram, que vem ignorando as tentativas de contato, de acordo com as autoridades brasileiras. Barroso já falou na possibilidade de que o aplicativo seja barrado no Brasil durante as eleições, mas ainda não há nenhum procedimento formal contra a empresa.