Em meio a conversas sobre federação, PCdoB decide apoiar Haddad em SP
O PCdoB decidiu que irá apoiar a pré-candidatura do ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) ao governo de São Paulo. O anúncio oficial deve ser feito no sábado (19), segundo o UOL apurou.
Esse movimento pode gerar ruído nas negociações da federação entre PT, PCdoB, PV e PSB. Um dos pontos que já causa discussões entre os partidos é justamente a eleição paulista, já que o ex-governador Márcio França (PSB) também quer disputar o Palácio dos Bandeirantes.
Com a federação, os quatro partidos precisariam atuar como um só em todo território nacional, com apenas um candidato a cada governo estadual. Para fazer a federação, o PSB tem ressaltado que uma de suas prioridades é a candidatura ao governo paulista. Os quatro partidos têm mantido reuniões constantes desde o início do ano para acertar a questão. A federação precisa ser formada até 31 de maio.
Uma das lideranças do PCdoB em São Paulo, o deputado federal Orlando Silva preferiu não cravar a decisão e disse ao UOL que, no sábado, "é provável que o partido aponte nesse sentido", de apoiar Haddad. Silva preferiu não comentar a escolha em si, mas disse que vai acompanhar a posição do partido. Nos bastidores, porém, o PCdoB já avisou Haddad e aliados sobre a decisão.
Para o deputado, em se confirmando a decisão do PCdoB, ela não deve afetar a federação. Silva defende que os partidos mantêm sua autonomia e, se na federação houver uma posição diferente, o partido seguirá o grupo.
O PV paulista, porém, acha que seria melhor ter esperado o acerto do grupo para se decidir por um apoio entre Haddad ou França.
"Está tendo uma negociação em Brasília para discutir a federação. Não adianta você querer fazer um jogo debaixo para cima. É uma antecipação que inviabiliza a possibilidade de fechar uma federação com mais tranquilidade", diz Marcos Belizário, presidente do diretório estadual do PV em São Paulo.
No entorno de Márcio França, conforme apurou a reportagem, o apoio do PCdoB a Haddad não foi uma surpresa devido à afinidade história entre a sigla e o PT e a decisão não deve atrapalhar as conversas.
Critérios para escolha do candidato
Nos últimos dias, França e Haddad têm falado em se definir critérios para a escolha do candidato ao Palácio dos Bandeirantes —uma das alternativa é usar as pesquisas de intenção de voto em determinado momento do ano.
Apesar de problemas em São Paulo e no Rio Grande do Sul —onde PSB e PT também disputam a candidatura para o governo—, a expectativa é que os partidos consigam aparar as arestas e formar uma federação.
O PV e o ex-governador Geraldo Alckmin (sem partido), que será vice na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Planalto, já foram escalados para ajudar nas tratativas entre PT e PSB.
O desejo dos partidos é bater o martelo sobre federação até meados de março, o que permitiria que os descontentes possam mudar de sigla até o fim da janela partidária, em 1º de abril.
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