TSE renova parceria com agências de checagem contra fake news nas eleições
O ministro Luís Roberto Barroso, que se despede hoje da presidência do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), renovou a parceria do tribunal com nove agências de checagem para combate às fake news sobre o sistema eleitoral. A "Coalizão para checagem - Eleições 2022" tem a participação de nove serviços de verificação de informações, entre os quais o UOL Confere.
Esta será a segunda edição da parceria, formada pela primeira vez para o pleito municipal de 2020. Além do UOL Confere, fazem parte da iniciativa as agências AFP, Aos Fatos, Boatos.org, Comprova, E-Farsas, Estadão Verifica, Fato ou Fake e Lupa. Em 2020, segundo Barroso, foram publicadas 274 reportagens para desmentir boatos sobre o sistema eleitoral.
Por meio da parceria, as agências e o TSE mantêm um canal de comunicação permanente para identificar notícias falsas sobre as eleições publicar, da forma mais ágil possível, respostas verdadeiras e precisas.
"A grande importância do que a gente fez na última eleição, e que vamos fazer agora, é mostrar que as empresas de comunicação profissionais e o TSE não vão ficar quietos em relação a qualquer tipo de tentativa de macular a próxima eleição", afirmou Alexandre Gimenez, gerente geral de Notícias, Economia e TAB do UOL.
Plataformas digitais
O esforço do TSE busca combater não apenas a produção de notícias falsas sobre as eleições, mas também sobre a disseminação dessas informações. Na semana passada, o tribunal também renovou um acordo com as maiores plataformas digitais e aplicativos que operam no Brasil, para coibir práticas como publicações enganosas e disparos de mensagens em massa.
Das grandes plataformas que atuam no país, a única ausente das tratativas é o Telegram, que ignorou os pedidos das autoridades brasileiras para adotar medidas contra a circulação de fake news. O tribunal tentou contatar a matriz da empresa em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, mas as correspondências retornaram sem resposta.
Para as eleições 2022, a principal novidade oferecida pelas empresas é a abertura de canais de denúncias contra práticas irregulares. Plataformas como Facebook, Google e Twitter receberão informações sobre contas suspeitas de violar as regras das redes sociais e, se for o caso, remover estes perfis do ar.
Já no caso do WhatsApp a Justiça eleitoral vai criar um formulário para que eleitores possam informar números de telefone suspeitos de praticar o disparo em massa, algo verificado nas eleições de 2018. Segundo o acordo, caberá ao TSE avaliar estas denúncias e repassar os casos concretos ao aplicativo, que tomará providências conforme a situação.
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