'Toda vez que há avanço, vem a desgraça de um golpe', diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que golpes de Estado estão presentes na história política do Brasil. Em entrevista à Rádio Passos, de Minas Gerais, o petista afirmou também que foi vítima de uma articulação para não participar das eleições de 2018.
"Toda vez que há um avanço na sociedade, um governo que está pensando no povo, vem a desgraça de um golpe", falou. "E com o apoio da elite brasileiro, daqueles que querem tirar direito do povo trabalhador", completou.
Aliados do governo de Dilma Rousseff (PT) costumam se referir ao processo de impeachment da ex-presidente como "golpe".
"Não teve eleição em 1965 para não deixar o Juscelino [Kubitschek] voltar. Depois não deixaram o João Goulart. Depois cassaram a Dilma, não me deixaram ser candidato", afirmou.
O ex-presidente, então, citou novamente Kubitschek. "A verdade é que deram um golpe e não deixaram ele ser candidato outra vez. Não é porque Juscelino era o Lula que queria fazer inclusão social", falou, sustentando que essas articulações ilegais estariam presentes na história.
Regulamentação da mídia
Na entrevista, Lula voltou a defender que haja regulamentação da mídia no Brasil, especialmente por conta da internet e mídias digitais. "Vou juntar os internautas e as pessoas que entendem disso para discutir essa regulação", afirmou.
Na avaliação do petista, a internet tem se tornado uma "fábrica de fake news" e provocações. "Tem muito aplicativo que nada tem de social por aí. As fake news de Bolsonaro não têm nada de social. As pessoas que não concordam com esse governo sofrem ataques à sua honra", disse.
"Não é censura. Se tem alguém que sofreu censura nesse país fui eu", falou. No mês passado, o pré-candidato à Presidência da República pelo PSDB, João Doria, usou as redes sociais para afirmar que Lula defendia a censura.
Lula lidera pesquisas
A mais recente das pesquisas de simulação de votos na corrida eleitoral de 2022, a da CNT (Confederação Nacional do Transporte) em parceria com o Instituto MDA e divulgada ontem, apontou que Lula continua na liderança.
Ele apareceu com 42,2% das intenções de voto, à frente do presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou com 28%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Em relação à pesquisa anterior, divulgada em dezembro, Lula oscilou 0,6 ponto percentual para baixo (portanto, dentro da margem de erro) — na ocasião ele aparecia com 42,8% na pesquisa de intenção de voto estimulada, quando o nome dos candidatos é apresentado ao entrevistado.
Já Bolsonaro cresceu 2,4 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, quando aparecia com 25,6%. A diferença entre os dois, que era de 17,2 pontos percentuais, agora é de 14,2.
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