Jaques Wagner diz que PT terá candidato na Bahia, mas não será ele
O senador e ex-governador da Bahia Jaques Wagner (PT) anunciou hoje que seu partido terá candidatura própria ao governo do estado nas próximas eleições, mas garantiu que ele não será a pessoa a disputar a sucessão de Rui Costa (PT).
Ele fez as afirmações em entrevista à Rádio Metrópole e depois reforçou os posicionamentos em seu perfil no Twitter.
Nas pesquisas de intenção de voto para o governo do estado, o nome de Jaques Wagner vinha aparecendo em segundo lugar, atrás apenas do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil). O senador, no entanto, garantiu que se dedicará apenas à campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência.
"Como eu já havia comunicado aos partidos da nossa base e acabei de externar em entrevista à Metrópole, meu nome estava colocado para disputar o Governo da Bahia, mas tomei a decisão de não concorrer e estar com Lula na tarefa de reconstrução do Brasil", escreveu em seu Twitter na manhã de hoje.
Jaques Wagner ainda falou sobre a escolha do nome petista que estará na disputa, substituindo o atual governador, Rui Costa, que não poderá se reeleger. "Comuniquei ao governador Rui Costa que não manteria minha candidatura e que a gente tinha que montar uma estratégia."
Ele informou que, por enquanto, os nomes cotados são do secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, do secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, e da prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho.
"São três bons nomes, sendo dois já muito testados eleitoralmente e um que tem muito sucesso com tudo o que pega para fazer", avaliou Jaques Wagner, referindo-se primeiro a Luiz Caetano e Moema Gramacho e, depois, a Jerônimo Reodrigues.
A vaga do Senado
No Twitter, Jaques Wagner falou ainda sobre o destino de Rui Costa, que era considerado para disputar uma vaga no Senado. "[Ele] entendeu a importância de ficar na cadeira até o final", disse, pondo fim à especulação.
Segundo explicou o ex-governador à Metrópole, antes era considerado que o PT não tivesse candidato próprio na Bahia se um aliado de outro partido, Otto Alencar (PSD), abrisse mão de sua vaga no Senado para disputar o governo do estado. Nesse cenário, Rui Costa iria para o Senado. No entanto, Alencar não quis deixar a Casa Legislativa e preferiu disputar a reeleição.
"Otto não quis. Ele gostou do Senado, foi muito bem lá, e quer permanecer. Isso muda tudo. Não dá para fazer campanha sem vontade. Se ele não quer ser governador, tem que respeitar a vontade dele. Fizemos uma nova organização da chapa e isso até essa semana vamos bater o martelo quem será", diz.
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