Temer diz que aliança entre MDB, PSDB e União Brasil 'é melhor solução'
O ex-presidente Michel Temer (MDB) disse que uma aliança eleitoral entre seu partido, o PSDB e União Brasil "é a melhor solução contra a polarização" nas eleições deste ano, segundo a revista Veja.
Temer defende a união entre as siglas para encontrar um nome capaz de competir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que aparecem à frente em pesquisas de intenção de voto feitas por diferentes institutos de pesquisa.
"Creio que essa [a união entre os partidos] é mesmo a melhor solução contra a polarização", disse Temer, segundo a revista.
Conforme mostrou reportagem do UOL no mês passado, Temer tem se esforçado nos bastidores do MDB para fortalecer a candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à presidência da República. A intenção seria cacifar a parlamentar para valorizar o passe da legenda para um eventual segundo turno das eleições.
Para isso, o ex-presidente tentou fechar uma federação entre o MDB e o União Brasil, em detrimento de outros caciques da legenda, como o senador Renan Calheiros (AL) e o ex-senador José Sarney, que tentam levar o partido declarar apoio à candidatura de Lula.
Na semana passada, no entanto, o presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, comunicou aos diretórios estaduais, senadores e deputados federais que o partido não fará nenhuma federação partidária para as eleições de 2022.
A sigla, no entanto, deverá manter o diálogo com Luciano Bivar, presidente do União Brasil (que não tem nenhum nome colocado para a disputa pela Presidência da República), e com Bruno Araújo, presidente do PSDB, a fim de unificar uma candidatura ao Palácio do Planalto em torno de Tebet.
O anúncio por parte do MDB vem num momento em que tucanos da ala contrária à candidatura do governador de São Paulo João Doria (PSDB) à Presidência da República já se articulam, internamente, para apoiar a emedebista no pleito deste ano. Oficialmente, o PSDB anunciou federação com o Cidadania.
Temer declarou ter votado em Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, quando o atual mandatário disputou a Presidência com Fernando Haddad (PT).
Em setembro do ano passado, o emedebista foi o responsável por fazer uma ponte entre o presidente e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, num momento de crise institucional agravada pelo próprio Bolsonaro ao dizer que não cumpriria "qualquer decisão" de Moraes.
Temer também foi o responsável por esboçar uma carta, posteriormente divulgada pelo presidente, em um esforço de pacificação.
* Com informações das reportagens de Weudson Ribeiro, colaboração para o UOL em Brasília, e Lucas Valença, do UOL, em Brasília
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