Renata Abreu prega foco em Moro após ser cotada a disputar governo de SP
A presidente nacional do Podemos, Renata Abreu, foi "surpreendida" com o apoio do pré-candidato à Presidência da República pelo partido, Sergio Moro, para que ela seja candidata ao governo estadual de São Paulo nas eleições deste ano, mas vai se focar na articulação da candidatura do ex-juiz e ex-ministro no momento, informou a sigla, em nota.
"Sobre o governo de São Paulo, a deputada federal Renata Abreu foi surpreendida com o convite feito pelo pré-candidato à Presidência, Sergio Moro. Ela sente-se honrada com a lembrança de seu nome, e entende a indicação como reconhecimento de seu trabalho ao longo dos últimos dez anos, especialmente na defesa da mulher e pela maior participação feminina na política. Mas, neste momento, Renata está focada justamente na montagem dos palanques para a reforçar a candidatura presidencial, que ofereça um projeto eficiente e alternativo ao país", afirmou, em nota, a assessoria do Podemos.
"Até o final do período de filiações, este será seu único objetivo. E, logo após, vai tomar sua decisão, sabendo que, para as mulheres, o que jamais vai faltar é coragem para romper barreiras e encarar novos desafios!", completou.
A janela partidária para a definição dos partidos pelos quais os políticos vão concorrer nas eleições de outubro vai até 1º de abril. Até a data, deputados federais ou estaduais que queiram trocar de partido antes do pleito poderão fazê-lo sem o risco de perder o mandato por infidelidade partidária.
Depois do pedido de desfiliação de Arthur do Val do Podemos, Moro aproveitou o Dia Internacional da Mulher hoje para sugerir Renata Abreu como opção para representar a sigla na corrida eleitoral ao governo de São Paulo.
"No Dia Internacional da Mulher, parabenizo a Deputada Renata Abreu, presidente do Podemos. Precisamos de mais mulheres em posições de liderança do país. Quem sabe no governo de SP?", escreveu Moro no Twitter.
O deputado estadual de São Paulo Arthur do Val desistiu de continuar como pré-candidato a governador do estado após a revelação de falas machistas dele em viagem à Ucrânia, país que foi invadido por tropas russas. Do Val disse que mulheres ucranianas "são fáceis porque são pobres", entre outras declarações sexistas.
O deputado estadual enfrentava processo disciplinar interno no Podemos que podia resultar em sua expulsão e, hoje, pediu a desfiliação da sigla. Ele ainda enfrenta ao menos 10 pedidos de cassação do mandato na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
Outros políticos que também têm o nome cotado para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes com apoio do Podemos são o general Carlos Alberto dos Santos Cruz — ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) e agora brigado com o presidente —, o vereador de São Paulo Rubinho Nunes, o prefeito de Itapevi, Igor Soares, e o deputado estadual de São Paulo Heni Ozi Cukier.
São Paulo é o maior colégio eleitoral do país. Integrantes do Podemos avaliam que, sem um candidato próprio ou apoiado pelo partido, Sergio Moro tende a ter mais dificuldades para emplacar sua campanha à Presidência no estado.
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