Em tom eleitoral, Bolsonaro ataca apoio de Lula ao MTST
O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou hoje um vídeo em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que daria protagonismo ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) se for reeleito no pleito deste ano. Segundo o chefe do Executivo, seu governo faz ações para "inibir e muito" as ações do movimento.
"O que esse pessoal produz, para mim produz invasão de casa, mais nada além disso", falou, após citar que tinha visto Lula proclamando apoio ao MTST. A declaração de Bolsonaro foi dada em sua transmissão ao vivo semanal.
O MTST é liderado por Guilherme Boulos (PSOL), que tem proximidade política com Lula. Os partidos dos dois políticos são alinhados, mas há divergências na corrida eleitoral de São Paulo, já que ambas as siglas desejam concorrer —o PSOL com Boulos, e o PT com Fernando Haddad.
Para Bolsonaro, seu governo trabalhou em três frentes para coibir o avanço do MTST: "tirar dinheiro de ONGs (Organizações Não Governamentais)", ampliar a posse de armas no Brasil e "titulação de terras".
Até o ano retrasado o proprietário podia usar sua arma dentro de casa. Agora não, pode pegar seu cavalo e carro e em todo o perímetro da sua fazenda ele anda armado. Logicamente que inibe a invasão
Jair Bolsonaro
Lula quer MTST como "sujeito"
Em vídeo, Lula disse ter uma "gratidão muito grande" ao MTST pelo apoio que recebeu do grupo quando foi investigado e condenado na Operação Lava Jato. Assim, o ex-presidente falou que o movimento será "sujeito" e não "coadjuvante" nas decisões sobre habitações, caso seja reeleito este ano.
"Vão ter que ajudar a construir programa, ajudar a conquistar e a governar", reforçou. "Se a gente voltar a governar esse país não pense que vai ter moleza não. Nós vamos nos encontrar muitas vezes. Para discutir a qualidade da casa, como gerenciar essas casas, e vocês irão assumir responsabilidades", completou.
"Eu conversei com o companheiro Boulos sobre a situação que estamos fazendo agora. Muitos projetos de casas foram abandonados. O Minha Casa Minha vida parou", afirmou o petista.
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