Campanha de Haddad vê simulações de 2º turno como trunfo por candidatura
Pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad liderou a pesquisa de intenção de voto Genial/Quaest divulgada na quinta-feira (17), mas também apareceu com a maior rejeição no levantamento. Para a campanha do petista, no entanto, o fato de Haddad vencer todas as simulações de segundo turno feitas na mesma pesquisa é um trunfo a favor de sua candidatura, apurou o UOL neste domingo (20).
A leitura da campanha do ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo veio em reação à notícia, publicada mais cedo hoje pela Crusoé, de que o ex-governador Márcio França — pré-candidato do PSB ao Palácio dos Bandeirantes — tenta convencer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a tirar Haddad da corrida ao governo paulista, dada sua alta rejeição na pesquisa Genial/Quaest.
Segundo apurou o UOL, a notícia foi recebida com incredulidade pelo pré-candidato petista. Ele não veria sentido em abrir mão de uma candidatura que, ao menos segundo a pesquisa divulgada esta semana, vence todos os adversários no segundo turno.
As simulações de segundo turno em que Haddad aparece foram feitas com os nomes de França; do vice-governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB); e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (sem partido). O petista também lidera nos quatro cenários de primeiro turno testados na pesquisa Genial/Quaest, um deles com França.
O levantamento também mediu a rejeição aos pré-candidatos. Entre os entrevistados, 53% disseram que conhecem Haddad e não votariam nele. França vem na sequência, com 35%.
Indefinição sobre candidatura única
No fim de fevereiro, o UOL noticiou as dificuldades nas discussões sobre uma eventual candidatura única de PT e PSB ao governo de São Paulo.
Para o PT, a candidatura de Haddad é importante para que Lula tenha um palanque no maior colégio eleitoral do país. Além disso, o partido avalia que desta vez pode ter um candidato competitivo em um estado que nunca governou. O ex-presidente já defendeu publicamente que Haddad dispute o governo paulista.
No PSB, o argumento principal é de que França conseguiria mais votos no interior de São Paulo, uma região em que o PT historicamente não tem tanta força nas urnas.
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