Ciro ironiza visita de Moro ao Parlamento alemão: 'Recebido pelo porteiro'
Do UOL, em São Paulo
24/03/2022 10h12
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, usou as redes sociais para ironizar o ex-ministro Sergio Moro (Podemos), seu provável adversário nas eleições, por um vídeo postado em frente ao Parlamento alemão. O ex-governador do Ceará cutucou Moro, dizendo que ele deve ter sido recebido pelo "porteiro" ou pelo "jardineiro" do local.
Na gravação postada em sua conta no Twitter, Moro aparece do lado de fora do Parlamento, chamado de Bundestag, e diz que visitou lideranças para falar sobre a relação entre Brasil e Alemanha e a guerra na Ucrânia, mas não cita os nomes das pessoas com quem se reuniu.
Fomos recebidos hoje no Bundestag, o Parlamento Alemão, e deixamos clara a nossa posição em relação a temas fundamentais no cenário global. 1. Repudiamos a invasão russa. 2. Precisamos cuidar melhor do Meio Ambiente. 3. Vamos avançar no tratado Mercosul-União Europeia. pic.twitter.com/qNkXxXx81u
-- Sergio Moro (@SF_Moro) March 23, 2022
A julgar pela imagem que postou, Sergio Moro foi recebido no Bundestag, o Parlamento Alemão, pelo porteiro do prédio ou pelo jardineiro. Ele gravou uma imagem na porta dizendo que tratou de assuntos importantes. Com quem?
-- Ciro Gomes (@cirogomes) March 24, 2022
"A julgar pela imagem que postou, Sergio Moro foi recebido no Bundestag, o Parlamento Alemão, pelo porteiro do prédio ou pelo jardineiro. Ele gravou uma imagem na porta dizendo que tratou de assuntos importantes. Com quem?", questionou Ciro.
"Não há cenas de reuniões com parlamentares, comissões, muito menos com membros da mesa. Nada, absolutamente nada. Mas ele diz que levou ao Bundestag a posição do Brasil contra a guerra na Ucrânia. É pra rir deste ridículo ou se indignar com tanta farsa? O que dizer de um candidato que mente e trapaceia até em coisas tão ínfimas e ridículas? Nada, além de que é cópia fiel de seu chefe, Bolsonaro. Lembram que ele acabou a guerra Rússia-Ucrânia?", ironizou o pedetista.
O ex-juiz da Lava Jato cumpre nesta semana uma agenda de encontros com políticos e empresários na Alemanha, para apresentar seu programa de governo, tentar se diferenciar do governo Jair Bolsonaro (PL) e sinalizar que tem inserção internacional.
Na capital alemã, Moro reuniu-se com líderes de três partidos no Bundestag ontem: Gregor Gysi, líder da legenda A Esquerda; Anton Gerhard, do Partido Verde, que compõe a coalizão de governo comandada pelo chanceler federal Olaf Scholz; e Peter Ramsauer, representante da União Social Cristã (CSU) e membro do Bundestag desde 1990.
Segundo sua assessoria, Moro reúne-se hoje com embaixadores e secretários do Ministério do Exterior da Alemanha, e hoje e amanhã se encontra com mais políticos alemães. Amanhã à noite, embarca de volta para o Brasil.
Também participa da viagem o deputado estadual Heni Ozi Cukier, pré-candidato do Podemos ao Senado por São Paulo.
Defesa a Deltan
Ontem, Moro ressaltou que "segue acompanhando a situação no Brasil". Ele chamou de "um absurdo" a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que condenou o ex-procurador e ex-coordenador da operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, a pagar R$ 75 mil em indenização por danos morais ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) devido a um "PowerPoint" apresentado em uma entrevista coletiva em 2016.
"A gente tem visto fatos assustadores. O país está doente. (...) O procurador que se sacrificou, se dedicou, para combater aquela roubalheira e colocar os criminosos na cadeia, sendo condenado a pagar danos morais. Isso é um absurdo, isso é o país virado do avesso, isso é querer transformar o certo em errado e o errado em certo. Nós não vamos deixar o Brasil virar uma terra sem lei e um país de bandido", afirmou o ex-juiz.
Em nota enviada ao UOL, Dallagnol manifestou indignação com o resultado do julgamento e disse que o recurso julgado "contraria toda a jurisprudência dos tribunais superiores do país e gera insegurança jurídica para procuradores, promotores, policiais e juízes que combatem a corrupção no Brasil."
*Com informações da Deutsche Welle
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