Kennedy: Datafolha é alerta para Lula e ducha de água fria para 3ª via
Para o colunista do UOL Kennedy Alencar, a nova pesquisa Datafolha, divulgada hoje, deve servir como um alerta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por causa do crescimento de Jair Bolsonaro (PL). O levantamento também joga uma "ducha de água fria" nos representantes da chamada "terceira via".
"É uma pesquisa muito boa para o Bolsonaro. Mostra que ele ainda está vivo, tem chances na disputa presidencial. É um alerta pro Lula, sinaliza uma dificuldade de vitória em primeiro turno e capta a reação do Bolsonaro. É também uma ducha de água fria na terceira via", observou o jornalista, durante UOL News.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) demonstrou ter recuperado um pouco de fôlego na corrida para o Palácio do Planalto e chegou a 26% de intenções de voto na disputa, que segue sendo liderada pelo petista Luiz Inácio Lula da Silva, com 43%.
Empatados em terceiro lugar vêm ex-juiz Sergio Moro (Podemos, 8%) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT, 6%), seguidos de perto por um pelotão de adversários.
Kennedy acredita que o arrefecimento da pandemia e lançamento de benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, beneficiaram o atual presidente. "Essa imagem que a pandemia acabou, toda aquela memória do desastre de Bolsonaro na pandemia, ajuda a recuperar parcela do eleitorado conservador que tinha se afastado".
Moro critica aliança entre Lula e Alckmin
Durante o UOL News, o colunista Kennedy Alencar também criticou a fala do presidenciável Sergio Moro (Podemos) contra a aliança entre Lula e o ex-governador Geraldo Alckmin, que trocou o PSDB pelo PSB e deve ocupar a vice na chapa do petista.
"Moro é a última pessoa que pode falar em incoerencia. Foi juíz da Lava Jato, aceitou ser ministro de Bolsonaro, depois rompe com Bolsonaro e vira uma coisa so quando se olha para Moro e Bolsonaro. A 'Vaza Jato' mostrou que ele corrompeu a lei", afirmou.
Moro classificou nesta quinta-feira, 24, a possível entrada do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como uma "contradição" e afirmou que nada muda no cenário eleitoral.
De acordo com Moro, o ex-governador está sendo incoerente diante do seu histórico de divergências com o ex-presidente no passado. "É uma contradição, considerando tudo o que o ex-governador Alckmin falou em relação a Lula no passado, de que jamais estaria do lado dele, denunciando os próprios esquemas de corrupção", afirmou em entrevista à Jovem Pan.
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