Cidadania não interfere em disputa entre Doria e Leite no PSDB, diz Freire
Presidente do Cidadania, Roberto Freire declarou hoje (28) que o partido não se manifestará sobre a disputa travada entre João Doria e Eduardo Leite no PSDB, exceto se for consultado para isso. A federação entre as duas siglas foi aprovada em fevereiro deste ano.
"O Cidadania tem como candidato o nome dado pelo PSDB", disse Freire ao UOL. "Se o PSDB abrir isso para discussão, nos manifestamos. Até lá, mantemos o apoio ao nome oficial do partido", acrescentou.
O PSDB retomou a disputa interna pela candidatura à Presidência da República. Doria foi o nome escolhido nas prévias partidárias do ano passado, mas tem apresentado forte rejeição nas pesquisas eleitorais realizadas neste início de ano.
Eduardo Leite, por sua vez, chegou a cogitar se desfiliar do partido e ir para o PSD para tentar a candidatura. Na manhã de hoje, no entanto, declarou que permanecerá no PSDB e renunciou ao governo do Rio Grande do Sul para "respeitar a legislação eleitoral e ficar à disposição do partido".
A Lei Eleitoral determina que quem ocupa cargo no Executivo e deseja se candidatar deixe o posto até seis meses antes da eleição — no caso do pleito de 2022, a data limite é 2 de abril.
Aliados de Leite no PSDB, liderados pelo deputado federal Aécio Neves (MG), trabalham nos bastidores para que o nome do gaúcho ganhe força com outros partidos sob o argumento de que ele apresenta mais chances de angariar novos votos do que Doria. Freire declarou que o Cidadania não participa de conversas sobre o assunto.
"Não é compatível conosco. Não cabe ao Cidadania interferir na discussão, a não ser que seja convocado para isso", disse.
Na última pesquisa do Datafolha, divulgada na semana passada, Leite apareceu com 1% das intenções de voto no cenário em que substitui Doria como candidato à Presidência. Doria teve 2% das intenções de voto no levantamento, com a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Doria já declarou publicamente que, se o PSDB trocar o representante do partido na corrida eleitoral deste ano, isso representará um golpe e ato contra a democracia.
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