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Aproximação de Alckmin e Lula abriu lacuna na eleição de SP, diz Tarcísio

29.mar.2022 - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que candidatura foi pedido de Bolsonaro - Reprodução/Youtube/Jovem Pan
29.mar.2022 - O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que candidatura foi pedido de Bolsonaro Imagem: Reprodução/Youtube/Jovem Pan

Do UOL, em São Paulo

29/03/2022 14h33

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pré-candidato ao governo de São Paulo, avaliou hoje que a aproximação do ex-governador paulista Geraldo Alckmin (PSB) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é benéfica à sua campanha, porque abriu uma "lacuna" para parte do eleitorado paulista.

Em entrevista ao programa "Pânico", da rádio Jovem Pan, ele classificou a aliança entre os dois antigos adversários como "incoerente", já que Alckmin sempre se colocou como oposição ao petista e hoje é cotado para ser seu vice.

Abriu [lacuna boa], sem sombra de dúvidas. Porque foi incoerente. Quem acompanhou o Alckmin a vida toda, acompanhou porque ele combatia o PT. Ele não fazia alianças com PT, era crítico e, de repente, se alia ao PT. Mas com que objetivo? Então, não havia uma honestidade de propósito, uma coerência de propósitos. No final das contas, quando ele faz essa aliança, aquele eleitor que o seguiu a vida toda não entendeu, e ficou realmente uma lacuna. Quem vai ser o representante deste campo de atuação? (...) Isso abriu, obviamente, uma janela de oportunidades Tarcísio de Freitas, ministro e pré-candidato ao governo de SP

Pesquisa Real Time Big Data contratada pela Record TV e divulgada ontem aponta o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) à frente na corrida eleitoral para o governo paulista, com 27% das intenções de voto. O ex-governador Márcio França (PSB) e Tarcísio estão empatados em segundo lugar, com 14%.

Tarcísio relatou que o pedido para ser candidato ao governo de São Paulo partiu do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também avaliou que existe uma tendência de polarização na eleição paulista, aos moldes do que deve ocorrer no plano nacional.

"O fato de eu ser o candidato do presidente da República, de ser o pré-candidato de um candidato à Presidência que é competitivo, isso aí vai fazer diferença, sem sobra de dúvidas", afirmou.

Segundo ele, a ideia de sua campanha é ser propositiva e não "morder iscas" de provocação de adversários. Ele se filiou ao Republicanos ontem, ao lado da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.

Tarcísio disse que deixará o ministério na quinta-feira (30), dia em que ocorrerá o leilão da Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo). O processo marca a primeira desestatização portuária.

Questionado sobre o Porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, Tarcísio disse acreditar que é possível fazer o certame ainda este ano.