Freixo e deputada bolsonarista acionam MPRJ por festa de Cláudio Castro
O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) e a deputada estadual do Rio Alana Passos (PTB) acionaram o MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) contra o governador fluminense, Claudio Castro (PL), por causa da festa de aniversário que ele deu na terça-feira (29).
Pré-candidato à reeleição, Castro é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve enfrentar Freixo na disputa pelo governo do estado. Alana diz ter Bolsonaro como "referência e líder político", segundo seu perfil no site da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio).
O evento organizado para celebrar os 43 anos do governador do Rio aconteceu no Jockey Clube, na zona sul carioca, e contou com cerca de 2 mil convidados e a apresentação de diversos cantores famosos como Belo, Alcione, Mumuzinho e Alex Cohen, de acordo com reportagens do jornal O Globo e a revista Veja. A festa foi regada a uísque e coquetéis de camarão e teria custado R$ 1 milhão.
Ao pedir apuração do Ministério Público, Freixo e Passos citam a reportagem do UOL que revelou que Alex Cohen, um dos cantores da celebração, vai receber R$ 20 mil do Governo do Rio por um show feito dias antes em um evento promovido pela Secretaria de Turismo fluminense, também no Jockey.
"Ou seja, cinco dias após a contratação pelo governo do estado, pagos com recursos do erário público, tanto o artista Alex Cohen, quanto o Jockey Clube oferecem seus serviços a título gratuito para Cláudio Castro", assinala Freixo, na representação encaminhada ao procurador-geral do Estado, Luciano Mattos.
Alana pede apuração para saber quem pagou a festa, quais foram os valores gastos e quem foram os fornecedores e prestadores de serviço do evento.
"O povo precisa saber quem realmente pagou por isso. Se não tem nada de errado e não há o que esconder, não vai ser difícil o governador responder ao Ministério Púbico. O que defendemos é apenas transparência", a deputada afirmou ao UOL.
Governador arcou despesas?
Freixo ainda aponta que Castro pode ter violado a Lei de Improbidade Administrativa (nº 8.429/1992) e o Código de Alta Administração Estadual do Rio, que proíbe, dentre outros, o agente público de "receber salário ou qualquer outra remuneração de fonte privada em desacordo com a lei".
"O salário de governador e a suposta vaquinha feita pelos secretários não são suficientes para pagar uma festa no Jockey Club para 2 mil pessoas e regada a camarão empanado e bebidas importadas. Quem custou essa festa? R$ 1 milhão? Quem bancou a farra? Como o governador Cláudio Castro não explica quem pagou, nós acionamos o Ministério Público. O povo do Rio de Janeiro, que tem sofrido tanto para sobreviver nessa crise, tem o direito de saber", Freixo disse ao UOL.
De acordo com O Globo, oficialmente, nenhum artista cobrou cachê para participar do evento e secretários estaduais teriam feito uma "vaquinha em gratidão ao governador",
O UOL procurou a assessoria do Governo do Rio para saber se Cláudio Castro vai comentar as representações feitas no MPRJ contra ele, mas até a última atualização da reportagem, não havia obtido retorno.
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