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Lula diz que perdoa quem acreditou na Lava Jato: 'Você foi enganado'

Lula durante lançamento de pré-candidaturas na Bahia - Reprodução/Twitter
Lula durante lançamento de pré-candidaturas na Bahia Imagem: Reprodução/Twitter

Do UOL, em São Paulo

31/03/2022 18h56Atualizada em 31/03/2022 20h32

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse hoje que quem acreditou na Operação Lava Jato foi enganado e que já perdoou representantes da força-tarefa conduzida pelo MPF (Ministério Público Federal), responsável pela sua prisão em abril de 2018.

A fala de Lula aconteceu durante evento de lançamento das pré-candidaturas de Jerônimo Rodrigues ao governo da Bahia pelo PT e da reeleição do senador Otto Alencar (PSD) pelo estado. O ex-presidente citou a operação após observar na plateia um homem levantando um cartaz com os dizeres "Lula, me perdoe porque acreditei na Lava Jato".

"Você não precisa ser perdoado, porque você não cometeu nenhum crime. Quem cometeu crime é quem mentiu para você, quem induziu você a acreditar em uma mentira. Não preciso te perdoar, porque você foi enganado. Eu já perdoei até quem te enganou", disse Lula.

Pré-candidato do PT à Presidência da República e chefe do Executivo federal de 2003 a 2010, Lula disse que não pode governar o país com ódio.

"Não posso governar querendo vingança contra ninguém", afirmou.

Pisão de 1 ano e 7 meses

Lula esteve preso por um ano e sete meses na carceragem da Polícia Federal de Curitiba após ter sido condenado a 8 anos 10 meses e 20 dias de prisão por de lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva no caso do tríplex do Guarujá (SP).

O petista foi solto em novembro de 2019 após ter sido beneficiado por decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que proibiu prisão após condenação em segunda instância, então caso de Lula.

O caso do triplex do Guarujá voltou à estaca zero, em junho do ano passado — após o então juiz Sergio Moro, que condenou Lula, ter sido considerado pelo STF parcial no julgamento — e depois foi arquivado, em janeiro de 2022, depois que o MPF alegou prescrição.