Pazuello se filia ao PL para disputar vaga na Câmara pelo RJ
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello se filiou ontem ao PL, atual partido do presidente Jair Bolsonaro (PL). O general irá disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo Rio de Janeiro, segundo informações confirmadas ao UOL pela sigla e pela assessoria do ex-ministro.
A expectativa anterior era que Pazuello se filiasse ao PP, mesmo partido de Ciro Nogueira, ministro da Casa Civil.
A ida ao PP era estudada desde que o ex-ministro — hoje assessor de Assuntos Estratégicos da Presidência — se aposentou do cargo de general da ativa do Exército, em fevereiro deste ano. A aposentadoria ocorreu para que fosse possível a preparação da candidatura.
A mudança de legenda teria ocorrido porque os deputados eleitos do PP se sentiram "ameaçados com a entrada do ex-ministro", segundo a versão apresentada pela assessoria do ex-ministro ao UOL.
Ainda de acordo com a assessoria de Pazuello, a investida na disputa por uma das cadeiras da Câmara conta com "total apoio do presidente Jair Bolsonaro".
Gestão conturbada no Ministério da Saúde
A saída de Pazuello da gestão do Ministério da Saúde foi atravessada por investigações sobre as ações e omissões do governo federal durante a pandemia. De acordo com o depoimento do general da reserva, ele não foi o único responsável pelo avanço da covid-19 no Brasil, durante sua gestão à frente da Saúde.
Segundo ele, o colapso do sistema de saúde em Manaus no começo de 2021, que marcou o avanço de mortes pela doença no país, ocorreu porque ele não foi acionado antes. Caso fosse, segundo ele, "teria agido", mas que só poderia atuar quando fosse solicitado.
"Todos os gestores em todos os níveis são responsáveis, cada um no seu nível de responsabilidade", declarou durante o depoimento prestado à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid, no Senado, em maio do ano passado.
TCU investia irregularidade em contratos de Pazuello
O TCU (Tribunal de Contas da União) abriu uma investigação no início de março para apurar possíveis irregularidades em contratos firmados por Eduardo Pazuello durante a gestão da Operação Acolhida — entre 2018 e 2020 —, e como secretário-executivo do Ministério da Saúde — em 2020.
O pedido foi feito pelo Congresso Nacional após a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados apontar irregularidades possíveis em contratos com a ISM Fomes de Mattos Eireli.
A empresa fornecia refeições na Operação Acolhida e prestava serviços para o Ministério da Saúde ao Hospital Federal Cardoso Fontes, no Rio de Janeiro.
Segundo a avaliação do Congresso, a ISM, que tem sede em Fortaleza, foi contratada 11 vezes pela 1ª Brigada de Infantaria da Selva do Exército para fornecer refeições aos refugiados, entre 2018 e 2020, totalizando R$ 141,6 milhões.
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