Partido de Bolsonaro, PL muda logo e tira a cor vermelha
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, informou hoje que não usará mais a versão de sua bandeira que contém a cor vermelha, apresentando somente a monocromática azul. A sigla disse que "o contraste do azul e branco dará ainda mais brilho às peças publicitárias" a serem usadas na campanha eleitoral de 2022.
"A aplicação da marca, neste formato, sempre esteve presente em nosso manual de identidade. Ou seja, trata-se exatamente da mesma marca, porém com outra aplicação. Nosso partido vive um momento muito especial e a mudança na aplicação dessa marca é uma forma de materializarmos esse momento também por um modelo gráfico", explicou a legenda.
A cor vermelha é geralmente ligada ao comunismo, ideologia criticada pelo presidente, e é uma das marcas do PT, partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que polariza com Bolsonaro a disputa à Presidência.
Além disso, Bolsonaro frequentemente afirma que "nossa bandeira nunca será vermelha". Questionado pelo UOL se a iniciativa teria partido de uma solicitação do presidente, o PL negou que tenha ocorrido uma "mudança" e reafirmou o conteúdo da nota divulgada inicialmente. A legenda não mencionou especificamente o abandono da cor vermelha.
Bolsonaro exigiu que PL não se aliasse a partidos de esquerda
Ao se filiar ao PL, Bolsonaro exigiu que não fossem feitas costuras regionais com partidos de esquerda. A situação gerou uma crise interna dentro do PL, que negociava alianças com partidos de oposição a Bolsonaro no Norte e no Nordeste.
Em entrevista ao colunista do UOL Chico Alves, o vice-presidente da Câmara, o deputado federal pelo Amazonas Marcelo Ramos, até então no PL, afirmou que "Bolsonaro não é leal nem aos seus mais leais aliados" e que o presidente "não seria diferente com o PL".
Além de Ramos, o então presidente do PL em Alagoas, Maurício Quintella, também demonstrou insatisfação com as condições regionais impostas por Bolsonaro ao partido antes de sua filiação.
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